Câmara controla Boya, vence corrida 2 na Hungria e conquista título da Fórmula 3 2025
Rafael Câmara controlou bem os pneus no asfalto molhado e venceu a corrida 2 da rodada da Hungria, soltando o grito de campeão da F3 2025 com uma rodada de antecedência

Era só fazer o dever de casa, e Rafael Câmara conquistou o título da Fórmula 3 2025 com uma rodada de antecipação. Ele foi certeiro ao controlar a corrida 2 da rodada da Hungria, realizada na madrugada deste domingo (3), desde a largada, neutralizando o ataque de quem mais ameaçava o adiamento da celebração para a Itália, Mari Boya.
Na pista molhada, Câmara teve todo o cuidado nas duas relargadas para não permitir a Boya chance de ataque, mesmo quando o espanhol pareceu ter mais ritmo. Dessa vez, o brasileiro conseguiu gerir bem os pneus e só teve de ficar longe de erros.
Boya teve de se contentar com o segundo posto, mas deu salto importante na briga pelo vice-campeonato. Nikola Tsolov, aliás, lutou o quanto pôde, em excelente corrida de recuperação ao cruzar a linha de chegada em sexto depois de largar em 21º, mas a vitória de Câmara limou qualquer esperança.
Tim Tramnitz teve vida ainda mais difícil: largando em 16º, rodou na volta 1 e despencou posições. No fim, com todas as confusões que aconteceram no pelotão intermediário, terminou em 15º.
A Fórmula 3 agora entra em longa pausa e torna só de 5 a 7 de setembro, em Monza, palco da rodada da Itália, encerramento da temporada 2025.
Confira como foi a corrida 2 da F3 no Hungaroring:
A chuva marcou presença instantes antes da largada e forçou o uso dos compostos para pista molhada, além da volta de apresentação atrás do safety-car. Nos termômetros, 16,9°C de temperatura ambiente, asfalto em 21°C e umidade relativa do ar em 93%.
Precisando abrir mais 7 pontos de frente para soltar o grito de campeão, Câmara tomou o colchete de honra tendo ao lado quem mais poderia ameaçar a festa antecipada, Boya. Tsolov e Tramnitz, em contrapartida, eram somente 21º e 16º, respectivamente.
Com o asfalto ainda bastante molhado, a direção de prova determinou a largada lançada, e Câmara conduziu com segurança a partida, já abrindo distância para Boya. A cautela também imperou no pelotão intermediário, com todos passando limpo pela curva 1, só que Tramnitz deu aquela escorregada, rodou no meio da pista e caiu para 24º, complicando ainda mais a esperança de manter a briga pelo título viva.
Enquanto isso, Câmara já abria mais de 1s para Boya, que levava 3s6 para Taponen. Xie era o quarto colocado, 5s à frente de Ugochukwu — o norte-americano em mais um belo começo de prova, ultrapassando Naël por fora na curva 2.
Na volta 3, a direção de prova liberou o uso da asa móvel, e Boya aproveitou para apertar o ritmo para ficar a menos de 1s. Isso aconteceu no giro seguinte, tanto que o espanhol chegou a colocar meio carro ao lado de Câmara na curva 2, mas o safety-car causado pelo toque entre Bilinski e Benavides permitiu ao brasileiro importante respiro.
A pista foi novamente liberada ao final do sexto giro. Boya, então, recebeu mensagem codificada da Campos: “Esteja preparado para o que conversamos anteriormente.”
O que aquilo significava, só seria possível saber com o desenrolar da prova. Na pista, Câmara mais uma vez conduziu o pelotão com cautela, mas a leve espalhada na curva 1 permitiu a Boya aproximação ainda mais ameaçadora, tanto que cresceu no retrovisor do carro da Trident novamente na curva 2. Rafael sustentava a ponta, já buscando água para manter os pneus de chuva ainda vivos.
Mas antes de completarem a volta 6, o carro de segurança apareceu de novo. Com o grid próximo, Ugochukwu não perdeu tempo e deu o bote para cima de Xie, que escapou do traçado na curva 3. Quando retornou, veio totalmente sem tangência e pegou o Prema do norte-americano em cheio, causando o abandono de ambos.
Até então, em corrida solitária, Tsolov já aparecia em 13º, desviando das intempéries pelo meio do caminho. E a preocupação passou a ser a pista secando rapidamente, já sem previsão de chuva. Com mais 13 giros pela frente, a possibilidade de uma troca por slicks passou a ser real.
Relargada na volta 11, Câmara de novo freou o ímpeto de Boya e manteve-se à frente, enquanto Tsolov subia mais três lugares e entrava de vez na zona de pontos. A vítima seguinte foi Strømsted, mas pouco adiantaria a recuperação se Câmara vencesse.
Na frente, Rafael conseguiu colocar mais de 1s sobre Boya, neutralizando o uso do DRS. Tsolov, por sua vez, deixava Giusti para trás e alcançava o sétimo posto. Na volta seguinte, passou Badoer, em performance frenética. O detalhe era que a quinta posição já faria surgir pequena luz no fim do túnel. Para isso, bastaria Câmara não vencer.
Só que a corrida sob bandeira verde permitiu a Câmara enfim imprimir ritmo consistente o suficiente para não deixar mais Boya tão perto. Ele ainda era o dono do tento extra da volta mais rápida, para desespero dos rivais diretos no campeonato.
As intervenções do safety-car fizeram a direção de prova colocar o relojinho na tela na volta 15. Dali em diante, restariam 12 minutos até a bandeirada, o tempo que Câmara teria de se sustentar à frente de Boya para ser campeão. E ele guardou o melhor para o fim, mesmo com o traçado já apresentando trilho. A Boya restou somente o consolo de entrar na briga pelo vice-campeonato.
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