Cientistas desvendam identidade de múmia com tatuagens de 3 mil anos
Inscrições religiosas marcadas na pele indicam que os restos mortais eram de uma mulher que foi sacerdotisa no Antigo Egito

Fazer tatuagens é uma prática muito mais antiga do que imaginamos: arqueólogos desvenderam os detalhes da identidade de uma múmia encontrada no Egito e que tinha diferentes inscrições em sua pele. De acordo com as análises, os restos mortais pertenciam a uma mulher que viveu há mais de 3 mil anos e ocupava um papel religioso na sociedade egípcia.
Encontrada em 2014 em um sítio arqueológico na cidade egípcia de Luxor, a múmia estava no interior de uma tumba que fora saqueada nos últimos séculos e não tinha mãos, pernas ou cabeça. O que despertou a curiosidade dos pesquisadores, entretanto, foram as mais de 30 inscrições em tinta que estavam marcadas nos ombros, pescoço, costas e parte dos braços. Começaria um trabalho de análise científica para desvendar maiores detalhes da identidade daquela enigmática múmia.
Após anos de trabalho, o Supremo Conselho de Antiguidades do Egito afirmou em comunicado que a múmia pertencia a uma mulher que viveu entre os anos de 1300 a 1070 a.C e morreu com idade entre 25 a 34 anos.
Ao estudar as tatuagens, os arqueólogos notaram desenhos de flores de lótus e até de um babuíno sentado. De acordo com o estudo, essas imagens indicavam propriedades que eram consideradas mágicas, fornecendo proteções contra enfermidades. Também foram encontradas diferentes inscrições com os olhos de Hórus (que, por sinal, são tatuagens famosas até hoje): esses sinais indicavam sinal de proteção por fazer referência ao deus egípcio que teria relação com os faraós.
De acordo com os pesquisadores, isso indica que a múmia pertenceu a uma sacerdotisa que desempenhava um papel de destaque na religiosidade egípcia. O fato de suas tatuagens estarem em regiões do corpo visíveis para outras pessoas indica que ela provavelmente tinha destaque nos rituais para as divindades locais.
A descoberta levanta um debate sobre o papel que as mulheres exerciam nos cultos religiosos do Antigo Egito. Anteriormente, pesquisadores afirmavam que a condução dos rituais era feito exclusivamente por homens — inclusive, em uma análise inicial, alguns especialistas afirmaram que as tatuagens encontradas na múmia foram inscritas para protegê-la de alguma doença.
Após consultar diferentes fontes de pesquisas, o próprio Conselho Supremo de Antiguidades reconheceu que o padrão das tatuagens e os tipos de desenhos indicam que a múmia ocupou um papel religioso na época. Há mais de 3 mil anos, as mulheres já eram poderosas (e cheias de estilo).
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