Nasce o 1º bebê no Hospital da Mulher Dra. Nise da Silveira, em Maceió
Governador Renan Filho e o secretário Estado da Saúde Alexandre Ayres visitaram as famílias nas enfermarias

Nasceu na tarde de domingo (06), às 15h23, de parto natural com apresentação pélvica, pesando 2,9 quilos e medindo 45 centímetros, a pequena Agatha Eloane Pinheiro Ramalho. A recém-chegada cidadã alagoana foi o primeiro bebê a vir ao mundo nas novas instalações da maternidade do Hospital da Mulher Drª. Nise da Silveira, localizado no bairro Poço, em Maceió, inaugurada no último dia 29, com a presença de autoridades e usuários da unidade.
Dinathan Pinheiro dos Santos, de 24 anos, esteticista, e Janaino da Silva Ramalho, de 41 anos, pais de Agatha, ainda estavam nas dependências da maternidade na manhã desse domingo, onde puderam ser os primeiros a receber o acolhimento da equipe do novo serviço. Eles aprovaram o atendimento oferecido pela equipe multiprofissional.
“O atendimento foi excelente. Eu estava sentindo dores horríveis, mas, com muita paciência, a equipe conseguiu me tranquilizar. Parece que estou num hospital particular. É tudo muito limpo e organizado”, contou Dinathan, que deu à luz a segunda filha. Ela ainda garante que vai conversar com a irmã, que está grávida de quatros meses, para recomendar que, se for possível, o parto aconteça na maternidade do Hospital da Mulher. “O melhor lugar é aqui. Meu parto anterior não foi tão tranquilo”, completou.
Embora o parto pélvico, muito conhecido como o “bebê sentado”, tenha indicação de cesárea, na imensa maioria dos casos, Avha Paixão, obstetra do Hospital da Mulher, afirmou que é, sim, possível dar à luz um bebê nessa posição por meio do parto normal.
“Quando a paciente chegou ao hospital, ela já estava numa fase muito avançada de trabalho de parto. Ao subirmos para o centro cirúrgico, a indicação era de cesariana, mas, ao chegar lá, a equipe percebeu que Dinathan estava no momento do ‘puxo’, que é quando o útero contrai e a gestante fica mais à vontade para fazer força e ter o bebê. Tivemos que fazer todo o procedimento, deixando, obviamente, a mãe tranquila, para que tudo desse certo, do início ao fim; e, graças a nossa força-tarefa, foi melhor do que imaginávamos”, explicou a obstetra, ao acrescentar que esse parto normal com apresentação pélvica não é tão comum, ocorrendo de 3 a 4% dos casos.
Para a médica, a sensação da equipe foi de ansiedade e, ao mesmo tempo, de dever cumprido. “O nascimento de um bebê é o momento muito esperado pelos pais e, principalmente, pela família. Isso porque é uma nova vida que foi gerada durante nove meses, com amor, carinho e paciência, além dos cuidados e todo o afeto necessário que os parentes podem dar. Toda equipe saiu do centro cirúrgico com aquela sensação de dever cumprido”, salientou Avha.
Já Camila Nascimento da Silva, de 17 anos, e o marido Whallisson Vieira dos Santos, de 27 anos, tiveram a experiência do parto normal humanizado com a ajuda das doulas – profissionais que deram assistência física e emocional à mamãe no parto –, além da fisioterapeuta e enfermeira obstétrica. Elas acompanharam Camila quando deu entrada no hospital até o início dos trabalhos, aplicando massagens na coluna lombar para aliviar a dor das contrações, realizando exercícios para facilitar o parto e a tranquilizando sobre o andamento do processo. Quando a dilatação estivesse mais avançada, o parto aconteceria.
Kamiy Sophie Nascimento dos Santos nasceu às 18h, pesando 3,4 quilos e medindo 49 centímetros. O bebê nasceu no mesmo dia que a irmã, atualmente com um ano de idade. “Na verdade, a gente não sabia que existiam as doulas. Eu nunca tinha ouvido falar. Mas, ao chegar aqui, elas acalmaram a minha esposa e, graças a Deus, o parto foi um sucesso. A sala tinha um cheiro de eucalipto que deixou a gente relaxado para esse momento tão especial. Isso confortava, amenizava e, de certa forma, tranquilizava a minha mulher, que, naquele momento, estava sentindo muitas dores. Vou recomendar esse hospital para as pessoas, porque sei que aqui a gestante vai ser bem atendida”, elogiou Whallisson. “Estou tendo um tratamento como se eu estivesse num hospital particular. Me sinto valorizada e acolhida aqui dentro”, completou Camila.
Participaram do parto as obstetras Avha Paixão, Carla Araújo, Grace Monteiro e Lua Gama, as neonatologistas Ana Carolina Neiva e Juliana Lacerda, os enfermeiros Fernanda Rodrigues, Carolina Raquel e Everton Xavier, a fisioterapeuta Damyeska Alves, a doula Rosiane Alve e os técnicos de enfermagem Willians Cardoso, Eliane da Silva e Ana Cristina Pereira.
Visita
Na tarde de segunda-feira (07), o governador Renan Filho e o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, visitaram as enfermarias onde estavam as mamães Dinathan e Camila Nascimento da Silva, de 17 anos. Na oportunidade, eles conversaram e entregaram porta-retratos com o registro das fotos do momento do parto, além de roupas, fraldas e kits de higiene pessoal para os bebês.
Ao entregar os presentes para Dinathan, o governador Renan Filho disse que, com o nascimento de Agatha, aconteceram duas homenagens: a primeira, pelo fato do primeiro bebê do hospital ter sido mulher; já a segunda, pelo significado do nome da criança, que surgiu a partir dos nomes gregos Agathe e Agathós, os quais por sua vez têm origem na palavra grega agathos, que quer dizer “bom, perfeito, respeitável, virtuoso”.
“Aqui nesse hospital serão atendidas de 200 a 320 crianças por mês, cuja maior parte será de partos naturais, pois iremos estimular isso. A mãe consegue se recuperar mais rápido, volta para casa e para o trabalho sem maiores riscos à saúde. Todos os bebês que nascerem aqui iremos incluí-los no Programa da Criança Alagoana, no qual essas crianças vão receber um enxoval já na hora que sair da maternidade”, garantiu.
Alexandre Ayres ressaltou que o Hospital da Mulher vai beneficiar as gestantes de baixo risco, fornecendo a elas um atendimento digno e eficiente, como preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS). “Essa maternidade mostra que estamos no caminho certo, buscando parcerias e contando com o apoio de todos. Aqui serão atendidas as gestantes de baixo risco, deixando para a Maternidade Escola Santa Mônica, os casos de alta complexidade. É assim que deve ser o atendimento público às gestantes. É um importante reforço para a assistência do SUS”, declarou o gestor da pasta estadual.
Para Eliza Barbosa, diretora-geral do Hospital da Mulher, é uma satisfação estar acolhendo as gestantes dentro de um equipamento de saúde que possui as melhores instalações materno-infantis do Estado. “As gestantes estão felicíssimas, todas estão sendo bem acolhidas, desde a entrada até o momento do pós-parto. Estamos prontos para atendê-las com o que há de melhor na assistência das gestantes em risco habitual”, afirmou.
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