"Junho foi o 3º pior mês no acumulado de casos de Covid-19", alerta pesquisador
Estado fechou o mês com alta no número de casos e mortes pela doença
Alagoas fechou o mês de junho com alta de casos de Covid-19 e mortes causadas pela doença. A informação foi repassada pelo pesquisador Esdras Andrade, do grupo de Trabalho sobre a Covid-19 do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Com os dados divulgados pelo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) dessa quarta-feira (30), o estado de Alagoas tem 5.340 óbitos registrados desde o início da pandemia. “Junho foi o 3º pior mês em Alagoas com relação ao acumulado de casos. Foram contabilizados 23.671 casos. Este mês perde apenas para Junho/20 e Julho/20”, avalia Esdras Andrade.
“Voltamos ao nível de fevereiro, mas em Maceió a quantidade de casos é menor que a média do estado, o que significa crescimento de casos no interior”, alertou o geógrafo.
O pesquisador destaca que os casos voltaram a crescer depois de dois meses de queda, impondo a necessidade de avaliar as últimas medidas tomadas. “Ou seja, a pandemia está em franca expansão. Estamos no mesmo ritmo de quando a doença estava no auge, no ano passado. E o que preocupa é que a população não está mais em confinamento”, ressalta Esdras.
Em relação aos óbitos, também houve um crescimento de quase 20% em relação a maio/21, equiparando-se ao mesmo mês do ano passado. “Junho de 2021 foi o 3º mês em que mais morreram pessoas por Covid-19 em Alagoas, ficando atrás apenas de Abril/21 e Junho/20”, esclarece o professor, indicando que, mesmo com o avanço da vacinação, não podemos descuidar das medidas de distanciamento, uso de máscara e higienização frequente das mãos.
Monitoramento espacial da doença
Esdras Andrade explica que identificar geograficamente onde os casos de Covid-19 ocorrem com mais frequência, contribui para que os gestores tomem medidas específicas. “Esses documentos são, ao menos, consultados. Esperamos que eles estejam contribuindo efetivamente com as estratégias para proteger a saúde da população”, reflete o pesquisador.
O grupo de estudo do Igdema se encarregou de espacializar os números da ocorrência da Covid-19 no território alagoano. “Com isso, é possível observar a manifestação espacial da doença nos municípios, o que permite fazer interferências, correlações e outros tipos de análises geográficas. O monitoramento vem sendo realizado desde o início da pandemia para os municípios do Estado de Alagoas e dos bairros de Maceió. Recentemente, iniciamos o acompanhamento, também, dos bairros de Arapiraca e Palmeira dos Índios”, informa Esdras.
O trabalho de monitoramento espacial foi iniciado em março do ano passado. “Quando do lançamento do edital voltado para projetos relacionado à pandemia da Covid-19, submetemos uma proposta de “Story Map”, que foi aprovada como projeto de extensão e que teve uma duração de apenas 3 meses. Porém, com a continuidade e expansão da doença, o projeto está sendo continuado internamente com poucos voluntários, mesmo sem bolsas, a fim de não se perderem os dados e informações que contam a história da evolução espacial da doença na cidade de Maceió”, relata o pesquisador.
Últimas notícias
Homem é preso com cocaína após denúncia de usuário em Teotônio Vilela
Jovem fica ferido em colisão envolvendo dois carros e uma moto em Maceió
Bolsonaro está deprimido e ansioso por conta dos soluços, dizem médicos
Governo torna obrigatória exibição de filmes brasileiros nos cinemas
Hospital confirma cirurgia de Bolsonaro para esta quinta (25)
Motociclista fica ferido após colisão com carro de luxo em avenida de Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
Estado de Alagoas deve pagar R$ 8,6 milhões a motoristas de transporte escolar
