Endividados aumentam durante a pandemia e pedem ajuda para pagar dívidas
O Feirão atendeu cerca de 2.700 pessoas em apenas uma semana de negociações
O aumento de pessoas endividadas é uma realidade que assombra mais de 71,4% da população brasileira. Os endividamentos causados pelas crises econômica e orçamentária que atingiram o país nos últimos anos bateram recorde em julho de 2021. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) aponta que o país registrou alta de famílias endividadas pelo oitavo mês consecutivo. A alta é de 1,7 ponto percentual na comparação com junho e de 4 pontos em relação a julho de 2020, o maior aumento anual verificado desde dezembro de 2019.
Pensando em diminuir os impactos econômicos e sociais causados pelo endividamento, a Prefeitura de Maceió lançou na última semana, o Feirão do Nome Limpo que aconteceu de 02 a 06 agosto, no Centro da cidade.

O Feirão que se baseou em uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Alagoas em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontou um aumento de famílias com dívidas pelo segundo mês consecutivo, chegando aos 62% e voltando ao patamar médio do início do ano, ou seja, quase 9 mil pessoas a mais com dívidas, saindo de 180.668 para 189.333 maceioenses endividados.

Para incrementar a ação, a Prefeitura da cidade contou com a participação de membros do Serasa, da Câmara de Dirigentes Lojista de Maceió (CDL), Fecomércio, Equatorial e Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
No local do Feirão, os consumidores puderam realizar consultas de cadastros restritivos de crédito, verificar se o nome estava negativado, negociar as dívidas e fazer acordos, como foi o caso de dona Ana Maria Guardia, de 64 anos. Em entrevista ao 7Segundos, a autônoma relatou que estava sem conseguir trabalhar desde o início da pandemia já que seu negócio que fica localizado na Rua Fechada, em Maceió, não podia abrir devido às medidas de controle social, mas com o Feirão de Negociação, dona Ana Maria conseguiu negociar sua dívida com a Equatorial.

“Eu tenho um negócio na praia, na Rua Fechada, que está fechado desde o começo da pandemia, então se não trabalho como tenho dinheiro para pagar meus compromissos? Estava tudo fechado e não tinha nada ligado na tomada, mas todos os meses chegavam faturas como se tivessem coisas ligadas, fui várias vezes para reclamar na Equatorial, então agora já negociei e daqui para frente vou conseguir pagar com condições razoáveis; Meu valor foi uma entrada de R$ 300 e o total da dívida era R$ 2.900, agora fechei o acordo, só basta cumprir e pronto”, compartilhou a autônoma.
Outro dado importante é que de abril, último mês de queda, a junho, houve um acréscimo de 5,76% no percentual de endividados. Isso porque a partir de maio houve aumento no uso de cartão de crédito e na utilização de carnês, chegando a uma média 2,75%, quando somado ao desempenho de junho.
Aproveitando as oportunidades de negociações de dívidas, seu Antônio Fernando dos Santos, de 56 anos, conseguiu negociar uma dívida com o banco que estava no valor de R$ 600 para pagar R$ 200 parcelado, ele compartilhou a novidade com alegria. "Eu fiquei muito feliz porque consegui entrar em contato com o banco agora está negociada era no valor de R$ 600 e consegui fazer a proposta de R$ 200 parcelado e eles aceitaram", contou.
O Feirão atendeu cerca de 2.700 pessoas, destas, 90% saíram do local com alguma negociação com descontos de até 80%. Aqueles que não conseguiram participar do Feirão podem procurar um dos canais de atendimento do Procon a partir da próxima semana, no WhatsApp (82) 98882-8326, ou presencialmente na unidade do órgão no Centro de Maceió, na Rua Dr. Pedro Monteiro; no Centro Universitário Uninassau no Farol; ou na sede da antiga FAT, atual Centro Universitário Mário Pondes Jucá (UMJ), no Barro Duro.
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