Homem faz greve de fome há dez dias a favor da causa animal em Maceió
Familiares e amigos fazem uma vigília nesta quinta-feira (21) às 18h
Antônio Anastácio, protetor de animais e responsável pelo Abrigo São Cão passou a ser ativista dos direitos dos animais. Ele entregou todo o seu patrimônio para a causa e desde o dia 12 de outubro lançou mão de sua saúde física para tentar trazer uma mudança de comportamento social. Antônio está há 10 dias sem se alimentar, apenas bebendo água. Diante deste cenário familiares e amigos organizaram uma vigília nesta quinta-feira (21), às 18h em frente ao Abrigo, na Rua Cônego Machado, 872, Farol.
A Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO, de 27 de janeiro de 1978, designa os animais como seres sencientes e devem ser tratados com respeito e como sujeitos de direito. Com o mesmo entendimento, foi aprovado pelo Senado Federal o PLC 27/2018, que estabelece que os animais passam a ter natureza jurídica sui generis, como sujeitos de direitos despersonificados. Eles serão reconhecidos como seres sencientes, ou seja, dotados de natureza biológica e emocional e passíveis de sofrimento.
É responsabilidade do poder público, incluindo os poderes legislativo, executivo e judiciário e das três esferas de governo municipal, estadual e federal, assegurar a integridade física da fauna e da flora, conforme disposto no art. 225 da Constituição Federal de 1988 e demais dispositivos legais vigentes em todo o ordenamento jurídico pátrio.
Nada disso ocorre.
Nenhuma ONG, protetor independente, grupo de proteção ou pessoa pode acabar com o crescente problema de abandono e maus-tratos aos animais, enquanto não houver um despertar de todos e uma ação concreta por meio de políticas públicas, que acabem com o sofrimento dos animais.
Antônio Anastácio informou que sua greve de fome só terá fim quando ele identificar uma mudança a favor dos direitos dos animais. Ele pede que parte dos recursos da nação sejam destinados a causa animal, pois eles estão em sofrimento por todo o Brasil, seja na rua, em abrigos, em quintais ou dentro de casas.
“O jejum é para tentar fazer com que a sociedade se mobilize, pressionando os políticos para que tomem alguma posição concreta em relação a causa animal. Falta de recurso não é desculpa, porque se não houvesse corrupção existiria recurso pra tudo que é necessário nesse país”, explica Antônio em seu pronunciamento no Instagram @abrigosaocao
A sua greve de fome está sendo realizada por causa:
• Da corrupção e da impunidade;
• Da falta de políticas sérias de castração para evitar a proliferação de cães e gatos, além de uma série de doenças que aumentam o sofrimento dos animais;
• Da escassez de gestores públicos competentes, sérios e responsáveis para fazer a diferença na vida dos animais no País;
• Da irresponsabilidade do poder público em arcar com as despesas de um problema social criado pela corrupção;
• Do caos vivenciado em abrigos e por todos os protetores de animais, que tentam de tudo para conseguir recursos para manter cães e gatos com saúde e dignidade, a maioria não consegue;
• Do corporativismo dos médicos-veterinários, que aumentam absurdamente o preço das vacinas, ficando impossível as pessoas de baixa renda e de protetores, evitarem que seus animais sejam acometidos por doenças como: cinomose e parvovirose, que deixam sequelas nos animais;
• Da falta de Hospital Pública Veterinário para atender de forma gratuita animais, que precisam de assistência à saúde urgente, quando atropelados ou maltratados;
• Da falta de educação sobre a causa animal e o meio ambiente nas escolas públicas e privadas;
• A alta carga tributária nos medicamentos veterinários, nas rações e nos produtos para animais de estimação, que prejudica a saúde dos animais;
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