Síndrome de Pica: veja sintomas do transtorno e saiba se você é uma vítima
A alotriofagia é um transtorno caracterizado pela vontade incontrolável de comer coisas que não são comestíveis.

A alotriofagia, popularmente chamada de ‘síndrome de pica’, é um transtorno caracterizado pela vontade incontrolável de comer coisas que não são comestíveis. Pessoas que são acometidas pelo distúrbio têm apetite insólito e consomem substâncias como sujeira, giz, cabelo, pedaços de pano, sabão, fezes, unha, cinza de cigarro, dentre outras coisas.
Segundo especialistas, na maioria dos casos, a síndrome de Pica apresenta sintomas persistentes e um quadro compulsivo. Geralmente, ela acomete pessoas com sinais de estresse, ansiedade, anemia e deficiência de eletrólitos no sangue. Além disso, é muito comum em grávidas.
Embora a síndrome da pica tenha várias causas, ela está frequentemente associada à deficiência de ferro (anemia) e de eletrólitos como o cálcio no sangue, segundo Guízar Sánchez, do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina do México.
“Existem pacientes com anemia que consomem giz, gesso ou sal, o que também ocorre em pessoas com forte deficiência de zinco e cálcio. Já em gestantes, o transtorno é comum, devido ao desequilíbrio de cálcio e ferro, o que provoca uma maior demanda nutricional para o feto. Além disso, as mulheres costumam ingerir gelo para evitar enjoos e outras substâncias para aliviar a gastrite e o refluxo”, esclarece Sánchez.
O termo “pica” vem da palavra em latim e se refere ao pássaro pega-rabuda (também conhecido como pica pica). A ave é conhecida por comer praticamente tudo. Pesquisas sobre distúrbios alimentares no século XVI sugeriam que a alotriofagia era considerada um sintoma de outra condição clínica, ao invés de ser a própria condição clínica.
O que causa a Síndrome de Pica?
De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós PhD em neurociências que estudou o caso em 2021, a síndrome de Pica pode acontecer com qualquer pessoa em qualquer fase da vida, mas tende a acontecer em três grupos específicos de pessoas:
Crianças pequenas, especialmente menores de 6 anos;
Pessoas com certas condições de saúde mental, especialmente transtorno do espectro autista, deficiência intelectual ou esquizofrenia;
Estresse . A pica é frequentemente observada em crianças que vivem na pobreza ou naquelas que foram abusadas ou negligenciadas;
Pessoas que estão grávidas;
Desnutrição ou fome. Itens não alimentares podem ajudar a dar uma sensação de saciedade. Baixos níveis de nutrientes como ferro ou zinco podem desencadear desejos específicos.
Como a pica é diagnosticada?
Segundo Agrela, a a síndrome de pica é diagnosticada a partir do hábito de comer compulsivamente coisas que não são comestíveis ou não têm valor ou benefício nutricional. Ela também pode ser identificada através de exames como urina e fezes, assim como exames de imagem como raios-X , tomografia computadorizada , ressonância magnética, ultra-som. Além de eletrocardiograma, que procura problemas com o ritmo elétrico do seu coração que podem ocorrer com certos desequilíbrios eletrolíticos ou infecções parasitárias.
O que pode causar a síndrome de pica?
Anemia (baixo teor de ferro);
Constipação;
Ascaridíase (infecção por lombriga);
Desequilíbrio eletrolítico;
Ritmos cardíacos irregulares (arritmias);
Envenenamento por chumbo;
Obstrução/bloqueio do intestino delgado e do intestino grosso;
O que as pessoas com sindrome de pica geralmente comem ?
Cinzas;
talco;
Giz;
Carvão;
Tijolos;
Argila, terra ou terra;
Grãos de café;
Cascas de ovo;
Fezes (cocô) de qualquer tipo;
Cabelo, barbante ou linha;
Gelo;
Amido de lavanderia;
Lascas de tinta;
Papel;
Seixos;
Alimentos para animais de estimação;
Sabão;
Lã ou pano;
Quais os tratamentos para síndrome de pica?
Terapia aversiva leve - método que envolve ensinar as pessoas a evitar comportamentos de pica, usando as versões leves para ensinar as pessoas a evitar itens não alimentares e reforçar positivamente comportamentos alimentares saudáveis.
Terapia comportamental - envolve ensinar a uma pessoa mecanismos e estratégias de enfrentamento para ajudá-la a mudar seu comportamento.
Reforço diferencial - as pessoas aprendem a evitar comportamentos de pica, concentrando-se em outros comportamentos e atividades.
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