Segurança

Policial militar aposentado confirma propriedade de arma usada em conflito em bar

Investigações revelam que o grupo envolvido, identificado como torcedores do CSA, pode ter participado de outras agressões na cidade

Por Lane Gois 09/09/2024 15h03 - Atualizado em 09/09/2024 16h04
Policial militar aposentado confirma propriedade de arma usada em conflito em bar
Atirador identificado - Foto: Reprodução

Um policial militar aposentado se apresentou na delegacia nesta segunda-feira (09) para prestar depoimento sobre o tiroteio ocorrido em um bar no bairro de Cruz das Almas. Durante seu depoimento à Polícia Civil, o PM confirmou que a arma usada no incidente é de sua propriedade e relatou que seu filho, de 23 anos, foi quem disparou os tiros para se defender durante a confusão.

O PM, de 61 anos, detalhou que, durante o tumulto, ele e seu filho foram atacados. Em meio à violência, o filho pegou a arma no carro e, ao ver o pai ferido e ouvir gritos de "mata, mata", decidiu atirar. Segundo ele, a ação foi necessária para afastar os agressores, que acabaram fugindo do local.

"Eu tenho 61 anos, e nunca imaginei passar por uma situação como essa. Foi uma experiência traumática. Meu filho, ao ver o estado em que eu estava e ouvir os gritos, resolveu agir para proteger a todos", relatou o PM.

Um dos agressores foi baleado e está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). Outros suspeitos conseguiram escapar, mas já foram identificados pela Polícia Civil. De acordo com Jorge Mendes, chefe de serviço da PC/AL, o disparo foi realizado em legítima defesa. "O filho do PM só foi ao carro para pegar a arma após o pai ser espancado. Ele agiu para cessar a agressão", explicou Mendes.

Investigações revelam que o grupo envolvido, identificado como torcedores do CSA, pode ter participado de outras agressões na cidade. Eles teriam se reunido em locais como a Praça da Faculdade e a Praça do Centenário, organizando ataques que não se restringiram apenas a Cruz das Almas.

Cinco dias após o incidente, o PM aposentado ainda apresenta hematomas e cobra ações severas contra os agressores. "Peço às autoridades que tomem providências urgentes. No local haviam famílias, crianças e idosos. Não podemos aceitar esse tipo de violência em nossa sociedade", concluiu o homem agredido.

*Estagiário sob supervisão