Justiça

Caso Jonas: policiais vão a júri por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver

Eles serão julgados na próxima quarta-feira (13)

Por 7Segundos 11/11/2024 13h01 - Atualizado em 11/11/2024 15h03
Caso Jonas: policiais vão a júri por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver
Jonas Seixas tinha 33 anos - Foto: Arquivo Pessoal

Serão julgados na próxima quarta-feira (13) os cinco policiais militares acusados de envolvimento no sequestro e morte do pedreiro Jonas Seixas. Ele desapareceu durante uma abordagem policial na Grota do Cigano no ano de 2020.

Fabiano Pituba, Felipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima sentam no banco de réus. Eles foram investigados por sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver.

O que se sabe


- No dia 9 de outubro, Jonas Seixas, de 33 anos, foi abordado por policiais militares por volta das 15h45, na Travessa São Domingos, na Grota do Cigano, que fica no bairro do Jacintinho.

- Segundo a denúncia da família, eles entraram na residência sem mandado de prisão, mas encontraram apenas a esposa de Jonas. Eles o encontraram fora da residência.

- Depois, ainda segundo as investigações, o servente de pedreiro foi levado pelos policiais a uma região de mata, por trás de um motel, no bairro de Jacarecica, em Maceió. Nesse local, segundo a polícia, a vítima foi submetida à grave violência e ameaça por parte dos militares, que tinham o propósito de obter alguma confissão.

- Em seguida, o inquérito concluiu que Jonas foi assassinado para que o crime de tortura fosse encoberto pelos denunciados, que ocultaram o cadáver posteriormente.

O advogado que representa a família da vítima, Arthur Lira, aponta uma série de provas.

“Há áudios em que é perceptível a voz do Jonas ao fundo gritando, sinais de sofrimento de tortura pela sua voz, há situações controversas nas colocações policiais, há situações em que, curiosamente, o GPS dos rádios das polícias é desligado. A vida de um inocente foi perdida, em razão de uma violência policial, daquilo que a gente menos espera de um agente público de um estado. Então a defesa vai lutar imensamente para que a sociedade alagoana, através dos corpos de jurados, possa condenar os réus no próximo dia 13 de novembro, na sessão do Tribunal do Júri”, disse à imprensa.