Caso Ana Beatriz: corpo da adolescente não apresentava marcas de violência
Corpo foi localizado durante novas buscas no litoral Norte, no último sábado (3)
O corpo da adolescente Ana Beatriz, de 15 anos, encontrado no último sábado (3), não apresentava marcas de violência ou de disparos de arma de fogo. A informação foi revelada durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (5), quando autoridades também detalharam a principal linha de investigação: uma suposta gravidez, que pode ter sido forjada, seria a possível motivação para o crime.
Ana Beatriz estava desaparecida desde o dia 8 de abril. O corpo foi localizado dentro de uma fossa, em um sítio no bairro de Guaxuma.
De acordo com a delegada Thalita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), a adolescente foi encontrada em estado de saponificação - processo químico natural de decomposição do corpo humano que pode ocorrer em determinadas condições ambientais- , o que possibilitou uma identificação prévia antes mesmo da conclusão do exame cadavérico oficial, que ainda será realizado pela Polícia Científica.
“O corpo estava relativamente conservado devido ao ambiente — uma fossa fria e úmida —, o que favoreceu o processo de saponificação, tornando-o semelhante a sabão. Ainda assim, estava decomposto, impossibilitando a identificação por digitais ou traços faciais”, explicou Rosana Coutinho. “A liberação só ocorrerá após confirmação científica, e o resultado do exame deve sair até o fim da semana”, completou.
A delegada afirmou que o andamento das investigações indicou a hipótese de que Ana teria inventado uma gravidez. A possibilidade de que essa falsa gestação tenha provocado o crime é uma das principais linhas seguidas pela polícia.
“Ainda estamos colhendo depoimentos e aprofundando a análise de provas técnicas, mas há indícios de que a vítima teria informado uma gravidez, o que pode ter gerado algum tipo de conflito com o suspeito. Essa é uma das hipóteses em apuração”, explicou Aquino.
A causa da morte ainda está sendo apurada. A perícia coletou material estomacal para investigar a possibilidade de envenenamento ou asfixia, já que não foram encontradas lesões por arma branca ou de fogo.
Sobre o caso
Ana Beatriz foi vista pela última vez após sair do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), no Centro de Maceió, em direção ao bairro da Garça Torta.
Durante as investigações, um homem foi preso suspeito de envolvimento no desaparecimento da adolescente.
A Polícia Civil continua trabalhando para esclarecer todos os detalhes do crime e responsabilizar os envolvidos.
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