Exame de DNA confirma que corpo encontrado em Guaxuma é de Ana Beatriz
Identificação foi possível por meio da análise de DNA, que comprovou a compatibilidade genética
O Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica confirmou, na manhã desta sexta-feira (16), que o corpo encontrado no bairro de Guaxuma, em Maceió, é de Ana Beatriz de Moura, de 15 anos. A identificação foi possível por meio da análise de DNA, que comprovou a compatibilidade genética entre o material biológico coletado do cadáver e as amostras fornecidas pela mãe e pela irmã da jovem.
Inicialmente, a Polícia Científica, por meio das equipes do Instituto Médico Legal (IML), tentou a identificação por outros métodos, como necropapiloscopia e análise da arcada dentária. No entanto, o avançado estado de decomposição impossibilitou esses procedimentos, exigindo o encaminhamento do caso para o Laboratório de Biologia e Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió.

O perito criminal Clisney Omena, responsável pelo exame, explicou que, devido à condição do corpo, foi necessário adotar um protocolo mais complexo de extração do DNA, o que incluiu a incubação dos ossos em EDTA por cinco dias para desmineralização, antes da etapa final de eletroforese, que revelou o perfil genético da vítima.
“Em decorrência do estado avançado de degradação das amostras biológicas encaminhadas, decidimos fazer a extração pelo método orgânico, que demanda mais tempo para a sua execução, mas que é bastante eficaz na obtenção de resultados. Com a obtenção do perfil genético do cadáver e o confronto com os perfis genéticos obtidos das amostras de referência dos familiares, temos a identificação inequívoca de que o corpo encontrado é de Ana Beatriz, contribuindo de forma decisiva para a investigação policial e permitindo à família da vítima o encerramento de um ciclo de sofrimento”, explicou Omena.
Cronologia dos exames
No dia 3 de maio de 25, quando o corpo deu entrada no IML de Maceió, a primeira tentativa de identificação se deu através da avaliação necropapiloscópica, ou seja, pelas impressões digitais, realizada por um papiloscopista do Instituto de Identificação. Porém, o resultado ficou prejudicado por conta do avançado estágio de putrefação, não sendo tecnicamente possível a coleta de material papiloscópico viável para confronto.
Dois dias depois, em 5 de maio, a perita odontolegista Luiza Justo, recebeu da até então suposta família da vítima, uma documentação odontológica, contendo o registro de dois procedimentos realizados em dentes decíduos, uma restauração e uma exodontia.
Também foi apresentada uma fotografia dela sorrindo, com o intuito de auxiliar na comparação odontológica por meio da análise da linha do sorriso e de elementos dentários visíveis.
Mas, diante da ausência de dados cronológicos e detalhamento técnico, a documentação odontológica mostrou-se insuficiente para subsidiar uma análise comparativa confiável para a identificação. E a fotografia em que a suposta vítima aparece sorrindo apresentava baixa resolução, além de iluminação inadequada e ângulo desfavorável, o que resultou em visualização limitada dos dentes.
Mesmo assim, o trabalho antropológico de avaliação dentária realizado pela odontolegista Luiza Justo conseguiu identificar que o corpo periciado apresentava idade biológica jovem, compatível com a adolescência.
A perita descreveu no laudo que o achado é compatível com indivíduos na faixa etária de aproximadamente 11 a 16 anos, a depender do ritmo de desenvolvimento individual.
Diante da possibilidade do corpo encontrado ser de Ana Beatriz de Moura, o IML seguiu com o Protocolo Operacional Padrão (POP) do órgão para identificação de corpos. A Polícia Científica realizou a coleta de amostras biológicas de familiares para referência e do próprio cadáver para realização do exame comparativo de DNA no Laboratório de Biologia e Genética Forense do ICM que, antes do prazo previsto, concluiu a análise e emitiu o laudo.
Com a conclusão do exame e o laudo positivo, a identidade do corpo foi oficialmente confirmada como sendo de Ana Beatriz e a família e a delegacia responsável pela investigação foram comunicadas do resultado. A causa da morte segue sendo investigada pelo Laboratório de Química e Toxicologia Forense.
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