A reunião do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizada na segunda-feira (3), foi marcada pela consternação, dos técnicos administrativos, estudantes e docentes presentes, com a tragédia ocorrida no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, na noite do domingo (2) na cidade do Rio de Janeiro. Na oportunidade, a pró-reitora Joelma Albuquerque da Pró-reitoria de Extensão (Proex) apresentou uma nota para expressar os sentimentos de indignação frente ao fato ocorrido, que foi aprovada por unanimidade.

O diretor do Museu de História Natural (MNH) da Ufal, Jorge Luís Lopes, também se solidarizou com o caso. ‘’Nós reiteramos e sabemos do grande apoio que temos recebido, não apenas pela gestão, mas de todos os conselheiros, de todas as pessoas que fazem a Universidade, para que olhem diferentemente para esses mecanismos de transmissão de conhecimento que são os museus’’, ressaltou.

O professor ressalta que, assim como o Museu Nacional, o Museu de História Natural da Ufal detém patrimônios únicos, e que outros museus do Brasil também passam por situações de igual risco. ‘’ O fóssil mais importante de mamífero do Brasil, hoje se encontra no MNH, é um fóssil que está sob nossa responsabilidade, porque é a única peça que existe no mundo, não é no país, é no mundo!’’, enfatizou ao comentar sobre uma parte do acervo do MNH, que será divulgada posteriormente, após a conclusão das pesquisas.

A reitora Valéria Correia afirma que as universidades que possuem prédios históricos precisam ter um diferencial em seu custeio, principalmente quando se trata de museu, por causa da especificidade. Além disso, também demonstrou sua tristeza frente ao caso. ‘’Enquanto o Museu Nacional queimava, a nossa história estava sendo apagada. Foi uma consternação nacional’’, lamentou a reitora.