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70% dos brasileiros são contra suplentes no Senado

Eleitos juntamente com o senador, os dois vice ganham mandato pelos mesmos oito anos

Por R7 30/07/2019 10h10
70% dos brasileiros são contra suplentes no Senado
Senado tem 162 suplentes para os 81 parlamentares - Foto: Agência Senado

Pesquisa aponta que 71,1% dos brasileiros discordam do meio de sucessão utilizado pelo Senado quando um parlamentar se afasta. É o que indica o levantamento exclusivo feito pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido do R7 Planalto.

Atualmente, um suplente deste senador assume o cargo, e não o candidato seguinte com mais votos na eleição, que não tenha conseguido o cargo.

Contra esta maioria, 22,0% da população concorda com o regime de suplentes em vigor na casa e outros 6,9% não quiseram ou não souberam opinar sobre o tema.

Este predominância de contrariedade à ideia de suplentes vai ao encontro do que aponta outra pesquisa exclusiva do R7 Planalto, com relação aos cargos de vice. 

Os suplentes, assim como os vices, são eleitos juntamente do senador. Suas fotos e nomes aparecem abaixo do candidato na hora do voto na urna eletrônica.

Cada um dos 81 parlamentares tem direito aos dois substitutos, ou seja, no Senado Federal são 162 pessoas apenas esperando casos de morte, cassação, renúncia ou licença superior a 120 dias para assumir um mandato.

A principal função de um suplente é garantir a representação de um estado, mesmo na ausência do titular do cargo, mantendo a equidade presente na casa.

De acordo com o levantamento, a crítica aos suplentes é maior entre os homens (72,1% são contrários ante 70,2% das mulheres), eleitores com idades entre 45 e 59 anos (72,8%) e eleitores com Ensino superior (77,8%). Por regiões, são os moradores do Norte e Centro-Oeste (agrupados) que mais apoiam o fim do regime atual, com 73,2%. 

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas com 2.184 brasileiros maiores de 16 anos, em 170 municípios de 26 Estados e do Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas por telefone entre os dias 17 e 20 de julho de 2019. A amostra tem grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2 pontos percentuais para os resultados gerais.