Bolsonaro diz que vai continuar 'luta' por voto impresso
O presidente afirmou em entrevista nesta manhã que não é possível disputar eleição 'sob o manto da desconfiança'

O presidente Jair Bolsonaro mostrou nesta quinta-feira (12) que não cogita recuar de sua posição a favor do voto impresso nas eleições de 2022. Na terça-feira (10), a Câmara dos Deputados derrubou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que defendia a mudança que acoplaria uma impressora às urnas eletrônicas.
"Vou continuar minha luta, com menos pressão, lógico, mas não é possível disputar uma eleição nessas condições", declarou em entrevista dada à rádio Jovem Pan de Maringá (PR), transmitida ao vivo em seu Facebook.
"Vou diminuir a pressão, sim, porque tenho muita coisa a fazer pelo Brasil. Querem colocar alguém no meu lugar mais simpático a outras ideologias", acrescentou, repetindo uma análise que tem feito há alguns meses, de que há um complô no STF (Supremo Tribunal Federal) para recolocar Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência.
Bolsonaro anunciou que um ato a favor da proposta está sendo organizado em São Paulo para o dia 7 de Setembro. Disse que não sabe ainda se participará, mas pediu para os congressistas e a Justiça ouvirem a voz do povo.
"Por que temos que concorrer na eleição do ano que vem sob o manto da desconfiança?", questionou o presidente.
O chefe do Executivo voltou a repetir as denúncias e argumentações que tem usado desde o início do ano, acusando o sistema eleitoral de falho, afirma que houve manipulação dos resultados na eleição presidencial de 2014 a para a Prefeitura de São Paulo em 2020.
Citou novamente que há indícios, "mas não tenho provas", de que o hacker que invadiu o sistema do TSE em 2018 teria sido pago para desviar 12 milhões de votos de sua chapa para presidente.
Voltou também a fazer críticas ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso. Lembrou decisões do ministro no STF, acusando-o de defender o aborto, a liberação das drogas e a flexibilizaçao do "estupro" de adolescentes.
"Por que o Barroso tem esse interesse nas eleiçõe e é contra o voto impresso. O que foi oferecido para eles (deputados), o que aconteceu?"
Ele outra vez criticou os deputados que votaram contra o voto impresso. "O que está em jogo é nossa liberdade. Se com liberdade está difícil lutar, imagina sem liberdade."
Ele voltou a dizer que se o povo estiver do seu lado, só Deus o tira da cadeira de presidente.
A retomada da luta de Bolsonaro pelo voto impresso contratraria o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele enviou a PEC ao plenário após um acordo com o presidente, que teria se comprometido a deixar o tema de lado caso a proposta fosse derrotada.
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