Governo muda classificação etária e pede suspensão de filme de Gentili
Indicação passa de 14 para 18 anos; longa recebeu críticas por suposto incentivo à pedofilia

O Ministério da Justiça determinou que a classificação indicativa do filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, de Danilo Gentili, passe de 14 anos para 18 anos. A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) também instaurou processo administrativo cautelar para suspensão imediata da disponibilização, exibição e oferta do longa nas plataformas digitais.
O despacho que altera a faixa etária foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) desta quarta-feira (16) e informa que a mudança se deve ao fato de que “o audiovisual apresenta conteúdo com tendências de coação sexual ou estupro (16 anos), ato de pedofilia (16 anos) e situação sexual complexa (18 anos)”.
As plataformas e canais de exibição têm cinco dias para fazer os ajustes nos símbolos que informam a classificação indicativa. A medida também recomenda que o filme só seja atração em TV aberta a partir das 23h. O despacho é assinado pelo chefe da Senajus (Secretaria Nacional de Justiça), José Vicente Santini.
Em caso de não cumprimento da determinação, as empresas de streaming terão de pagar multa diária de R$ 50 mil – a partir do quinto dia após o recebimento da notificação. O ministério informou que as plataformas estão sujeitas a sanções administrativas e penais e que vai expedir ofício ao Ministério Público Federal para “que sejam adotadas as medidas legais cabíveis”.
Nesta terça, a Senacon determinou que as plataformas de streaming deixem de disponibilizar o filme em seu catálogo. O longa se tornou alvo de críticas por suposto incentivo à pedofilia.
O longa é de 2017, mas entrou para o catálogo da Netflix em fevereiro deste ano. O filme virou alvo de polêmica devido a uma cena em que o personagem interpretado pelo ator Fábio Porchat assedia sexualmente dois meninos. Nas imagens, ele abre o zíper da calça e em seguida pega a mão de um dos garotos para aproximá-la de seu corpo, sugerindo que ele tocou seu membro.
Gentili atua no filme e também assina o roteiro, ao lado do diretor Fabrício Bittar e de André Catarinacho. Outros atores da produção são Bruno Munhoz, Daniel Pimentel e Carlos Villagrán. No último domingo (13), os nomes de Gentili e de Porchat ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter devido à repercussão negativa do longa.
Na mesma data, o ministro da Justiça, Anderson Torres, usou as redes sociais para criticar o filme. Ele afirmou ter determinado "que os vários setores do Ministério da Justiça adotem as providências cabíveis para o caso". Torres declarou que a produção contém "detalhes asquerosos".
O deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos-DF) enviou na segunda-feira (14) uma notícia-crime à Polícia Federal em que pede investigação sobre suposta apologia do crime de pedofilia no filme.
Veja também
Últimas notícias

MPAL garante condenação por homicídio motivado por dívida de drogas em Teotônio Vilela

Dupla é condenada por homicídio brutal em Anadia após atuação do MPAL

Vereador Jânio de Sabino falta três vezes seguidas e trava projetos na Câmara de Novo Lino

Penedo é destaque nacional com projeto inovador de Educação em Tempo Integral

Prefeita Tia Júlia visita obras do novo Hospital Regional de Palmeira dos Índios

Bolsonaro se nega a mostrar tornozeleira na TV: ‘Tenho vergonha’
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
