Interarte tem mais de sete horas de cultura e arte no Ifal
Evento retornou trazendo muita música, dança, poesia, teatro e exposições de fotografias e desenhos em três ambientes distintos
Já dizia José Américo de Almeida que “ninguém se perde no caminho da volta porque voltar é uma forma de renascer”. A afirmação do poeta paraibano resume o retorno do Interarte ao Instituto Federal de Alagoas (Ifal) Campus Maragogi, após mais de três anos suspenso por conta da pandemia de Covid- 19. Esse renascimento trouxe consigo música, dança, teatro, poesia, fotografias e desenhos.
Com 46 apresentações em mais de 7 horas de atividades culturais, a volta do Interarte agitou alunos, servidores e visitantes, no Campus Maragogi, na sexta-feira (31). As atividades começaram por volta das 9h, com um grupo de percussão tocando pelo interior da escola e convidando o público a se reunir em frente ao palco para acompanhar as apresentações artísticas.

Em seguida, o professor Caio Ricardo da Silva Araújo, discursou na abertura, destacando a grandeza do Interarte ao reunir diversas linguagens culturais apresentadas por artistas, em sua maioria, do Litoral Norte de Alagoas. Em sua fala, lembrou ainda que os organizadores enfrentaram dúvidas sobre como recomeçar uma festa depois de três anos paralisada.
“Para nós foi um recomeço - um renascimento -, pois a realização do Interarte foi bem desafiadora. Tínhamos muitos questionamentos: Como seria o retorno? Como a gente iria recomeçar?”, comentou Caio Ricardo da Silva Araújo ao avaliar, no fim das atividades, que a edição de retorno superou positivamente as expectativas pelo brilho dos trabalhos apresentados.
Auditório ficou lotado durante as apresentações de dança, solos musicais e peças teatrais

Um dos pontos altos da festa foram as apresentações dentro do auditório. Lá, os alunos de grupos culturais do Campus Maragogi e representantes de diversas cidades alagoanas mostraram todo o talento nas expressões corporais de dança,na encarnação de personagens e na declamação de poesias.
Quem ganhou o carinho do público foi o personagem Rodrigo, fidalgo veneziano que tentou assassinar o tenente Cássio para conseguir o amor de Desdêmona, sendo o crime parte do plano maquiavélico do vilão Iago, na peça Otelo. Rodrigo acabou sendo morto na briga com o militar. A performance do fidalgo e de seus companheiros de elenco fez os espectadores os aplaudirem de pé ao término do espetáculo, que narra trágico fim do romance de Otelo e Desdêmona.

Outro momento emocionante no evento ocorreu, no período do meio da tarde, quando ex-alunos do Campus Maragogi subiram ao palco para compartilharem momentos de edições antigas do Interarte. Na ocasião, alguns chegaram a chorar de emoção ao relembrar os tempos vividos na cultura e arte.
A egressa Maria Áurea de Sousa Neta contou que esteve no Campus Maragogi há três meses, mas não havia sentido a energia vivenciada na sexta-feira passada. “A de hoje (sexta) foi diferente da de três meses atrás. Essa é a energia do Interarte porque é um momento onde cada um mostra o que sabe fazer”, relatou a jovem que foi a apresentadora de edições antigas da atividade cultural.
Na área externa, por volta das 17h30, ocorreu uma acirrada batalha de rap, que empolgou o público ao redor dos artistas. O fim do Interarte foi perto das 18h, onde a banda do evento tocou o sucesso “Tempo perdido”, de Legião Urbana, levando os jovens ao delírio.

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