Diário do Sertão
MP fiscaliza escolas e constata problemas no ensino em Poço das Trincheiras

Uma fiscalização do Ministério Público em escolas municipais na cidade de Poço das Trincheiras, no Sertão de Alagoas, revelou alunos – no meio do ano – que ainda não tiveram direito ao fardamento escolar e, professores contratados – sem concurso – com formação sob suspeita. Em relação ao valor hora/aula, atualmente pago pela prefeitura aos professores não concursados, tem sido motivo de muitas reclamações por estar muito aquém da realidade para um profissional.
A situação é ainda mais crítica em escolas na zona rural, onde em diversas unidades escolares do município a falta de professores de algumas disciplinas se tornou “normal”.
Em conversa com alguns dos alunos, os técnicos do MP flagraram jovens sem saber ler um texto com dois parágrafos ou identificar um verbo em uma frase.
A infraestrutura de algumas escolas também foi observada. Ar-condicionado sem funcionar em salas de aula por conta da precária eletrificação interna e ventiladores que não garantem a ventilação para toda a sala.
Recentemente, a educação de Poço, recebeu o Selo Nacional "Compromisso com a Alfabetização", tido como um reconhecimento do Ministério da Educação e Cultura (MEC). O mesmo prêmio, contestado por especialistas em educação, também agraciou a maioria das escolas alagoanas, algumas onde o alunado tem baixos índices de notas e deficiência no aprendizado.
Todavia, o objetivo da ida dos representantes do MP as escolas foi o cumprimento da Lei nº 12.244/2010, que estabelece a obrigatoriedade da universalização das bibliotecas escolares no país.
Segundo o promotor de Justiça Lucas Sachsida, todas as escolas visitadas, em Poço, Santana do Ipanema, Olivença e Delmiro Gouveia apresentaram uma boa estrutura física, o que representa um ponto de partida importante para a efetiva implantação das bibliotecas escolares. Apesar disso, ele destaca que ainda há um caminho a ser percorrido para que esses espaços sejam plenamente estruturados e contem com bibliotecários, conforme exige a legislação. “A estrutura já existe. Agora é garantir que esses espaços funcionem de fato como bibliotecas escolares, com acervo adequado e profissionais capacitados”, afirmou.
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