Palmeira dos Índios celebra 135 anos de emancipação e riqueza cultural
"Princesa do Sertão" tem origem ligada à lenda de casal indígena
Em 20 de agosto de 1889, Palmeira dos Índios foi elevada ao status de cidade, mas a história do município conhecido como "Princesa do Agreste" tem muito mais que os 135 anos de emancipação política comemorados nesta terça.
O povoado existe desde o século 17 e tem sua origem ligada a uma lenda indígena. De acordo com os historiadores locais, os primeiros habitantes do município foram os indígenas Cariris e Xucurus que explicavam a origem do nome Palmeira dos Ìndios como o local onde havia uma frondosa palmeira, símbolo do amor dos indígenas Tilixi e Tixiliá.
A lenda diz que Tilixi e Tixiliá eram primos e estavam apaixonados, mas o amor deles era proibido porque Tixiliá estava prometida ao cacique Etafé. Um beijo proibido condenou Tilixi à morte por inanição. Ao visitar o amado, Tixiliá foi atingida por uma flecha mortal de Etafé, morrendo ao lado de Tilixi. No local em que eles morreram, nasceu a vegetação que deu origem ao nome do povoado: Palmeira dos Índios.
A chegada dos não-indígenas na região é marcada pela construção da primeira igreja, em 1770, pelo frei Domingos de São José. Oito anos depois, foi criada a freguesia, pertencente ao município de Anadia. Em 1835 foi elevada à categoria de vila, tornando-se independente de Anadia, mas voltou à condição de distrito em 1846, devido disputa política entre famílias locais. Palmeira dos Índios recupera o status de vila apenas sete anos depois e em agosto de 1889 é emancipada e transformada em município.
Além de "Princesa do Agreste", Palmeira dos Índios briga também pelo título de "Terra de Graciliano Ramos". O escritor, nascido em Quebrangulo, foi prefeito de Palmeira dos Índios entre 1927 e 1930, produziu relatórios de gestão direcionados a um órgão do município e ao então governador de Alagoas, Álvaro Paes, que transcedeu a escrita burocrática e teve sua importância literária reconhecida por críticos e a imprensa. Enquanto prefeito de Palmeira, Graciliano trabalhava em seu primeiro romance: "Caetes", publicado em 1933.
Palmeira dos Índios é berço de outros ilustres, como o ator e oficial náutico Jofre Soares; do cantor e mestre de coco-de-roda Jacinto Silva; do cantor e compositor Carlos Moura; da cantora Clemilda, que apesar de nascida em São José da Laje, viveu a infância e se considerava palmeirense e tantos outros que deixaram sua marca na história do município.
A cidade tem como atrações turísticas o Museu Xucurus (que fica na igreja do Rosário, construída pelos escravos do século XVIII), Casa Museu de Graciliano Ramos (com pertences legítimos), Aldeia da Cafurna (aldeia com remanescentes dos Xucurus e Cariris), além do Cristo do Goiti com o teleférico (vista panorâmica da cidade). Entre as festividades, destacam-se a Festa de Reis (janeiro), Semana do Índio (abril), Festival da Pinha e São João (junho), Emancipação e Feira de Arte e Cultura (agosto), Semana Graciliano Ramos (outubro) e a festa de N. Sra. do Amparo (dezembro).
Últimas notícias
Idoso morre e passageiro fica gravemente ferido após acidente na AL-220, em Arapiraca
Palmeira dos Índios prepara Show da Virada para celebrar a chegada de 2026
Balsas da queima de fogos em Maceió são vistoriadas pelos Bombeiros e Capitania dos Portos
Prefeitura de Matriz anuncia programação da tradicional festa da virada de ano
Carro atinge lateral de ônibus ao tentar desviar de motocicleta em Maceió
Alexandre Ayres amplia políticas de cuidado, inclusão e proteção social em 2025
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
Estado de Alagoas deve pagar R$ 8,6 milhões a motoristas de transporte escolar
