Roberto Ventura
Momentos de indefinição na disputa majoritária em Alagoas
A disputa para o Governo do Estado e Senado Federal promete lances que por certo vai ficar marcado nos anais da política alagoana. São muitas as especulações em torno de nomes que irão concorrer ao governo, à Câmara e ao Senado.
No centro das decisões está o senador Renan Calheiros, (PMDB), o governador Teotônio Vilela (PSDB) e o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Renan está como se diz no popular: “com a faca e o queijo nas mãos”, basta saber cortá-lo, e isso ele sabe mais que ninguém, mas é preciso muito cuidado para não se ferir. Além desses, o resto são apenas coadjuvantes no processo político atual.
Há uma forte tendência de que Renan Filho (PMDB) seja o candidato do pai Renan Calheiros, isso poderá gerar um rompimento do bloco oposicionista que tem o próprio senador Collor de Mello, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e o ex-prefeito Cícero Almeida, (PRTB), este último, poderá compor como vice de Renanzinho.
A aliança que parecia consolidada entre Renan, Collor, Lessa e Almeida, anda estremecida e dificilmente eles estarão juntos no mesmo palanque. O que está pesando nesse momento é que nem Renan confia em Collor, nem Collor confia em Renan, isso é fato!
Comenta-se que depois do almoço entre Lessa e a vereadora Heloísa Helena, (PSOL) ocorrido semana passada em Maceió, o ex-governador teria afirmado seu desejo em disputar o governo, tendo Heloísa em seu palanque como candidata ao senado.
Em relação à Heloísa, ela já definiu para onde vai direcionar toda sua “artilharia”, evidentemente que seu alvo maior será o senador Collor.
O governador Teotônio Vilela só vai se pronunciar em meados do mês de março. Téo tem algumas opções, mas para enfrentar Renan e sua turma, terá que ter um candidato bastante forte e com boa densidade eleitoral e, nesse caso, só mesmo o senador Benedito de Lyra (PP), teria força suficiente para enfrentar os comandados por Calheiros.
Lyra tem seu próprio eleitorado, além disso, contaria com o apoio da máquina governamental. O governador ainda não sinalizou, mas Givaldo Carimbão teria recebido o convite par ser o candidato do palácio ao Senado compondo com Biu de Lyra. Com isso, o grupo liderado por Téo ficaria muito forte e as eleições seriam decididas nos detalhes.
Ainda há a possibilidade – mesmo que remota -, de Vilela apoiar Renan Filho, mas nem o governador e nem mesmo o próprio Renan querem perder a chance de se livrar um do outro.
Evidentemente que muita coisa vai acontecer em termos de arrumação e composições políticas, mas é bem provável que Renan filho enfrente Benedito de Lyra, este apoiado por Vilela. A vaga de vice-governador estaria aberta, mas há uma grande possibilidade de Cícero Almeida ser o vice da chapa de Renanzinho, com Luciano Barbosa para o senado. De Lyra ainda não teria um nome definido para ser seu vice o qual poderá ser indicado pelo governador tucano.
Em um mesmo palanque estariam: Renan Calheiros, Renan Filho, Cícero Almeida, e Luciano Barbosa. No outro, Lessa e Heloísa, e por último, Benedito de Lyra e Carimbão, a Collor provavelmente com Célia Rocha.
Conversei no dia de hoje com a assessora do ex-secretário da Infraestrutura do governo Vilela, Marcos Fireman, e ela deixou transparecer que Marcos, também é um nome que tem a admiração de Téo e poderá compor a chapa palaciana.
Essas composições que estariam no campo das especulações, evidentemente que isolaria Fernando Collor do processo, porque Collor teria que ter fôlego suficiente para disputar a única vaga ao senado com um palanque esvaziado, sem nenhum nome de expressão política de destaque, exceção apenas a prefeita Célia Rocha, que também ainda não se definiu.
Se confirmadas essas chapas, evidentemente que Collor ficará no isolamento político e sua reeleição estaria bastante ameaçada, pois, o petebista teria dificuldades na formação de seu palanque, e ainda terá que enfrentar a fúria, o “bombardeio” e a perseguição implacável da senadora Heloísa Helena e do próprio governador Vilela.
O ex-prefeito de Penedo Alexandre Toledo, afirmou que é candidato ao governo, mas é claro que sua pretensão é mesmo garantir palanque ao presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco.
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