Roberto Ventura

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Roberto Ventura

Violência em Messias atinge índices alarmantes

20/02/2014 19h07

 

Messias, cidade localizada a 33 km de Maceió, com pouco mais de 17 mil habitantes, vive sob o sentimento do medo. A insegurança toma conta da vida dos pacatos cidadãos messienses.

Há pouco tempo a cidade era considerada uma das mais tranquilas de Alagoas, hoje, a violência está insuportável e atinge índices alarmantes. Em menos de uma semana, quatro veículos foram roubados, e o pior: as vítimas ficaram sob a mira das armas dos bandidos.

Os crimes são cometidos em plena luz do dia, sob o olhar das autoridades policiais e do próprio Poder Público Municipal e governo estadual. São crimes dos mais variados: roubos, furtos, assassinatos, tráfico de drogas, prostituição infantil etc. Para se ter uma ideia, a única casa lotérica existente na cidade já foi assaltada 16 vezes em um ano, como detalhe, ela está localizada a 100 metros da delegacia da Polícia Civil.

Enquanto isso, ninguém viu nada, ninguém sabe de nada, ninguém fala nada, é a famosa lei do silêncio que impera na cidade. As polícias estão de mãos atadas porque não dispõem das mínimas condições para realizar um trabalho visando o combate a criminalidade.

Na Polícia Civil apenas dois homens trabalham num plantão de 48 horas, e obviamente, é impossível fazer qualquer tipo de trabalho policial. Na Polícia Militar as condições também são desastrosas, haja vista que o efetivo é de apenas três homens os quais fazem - quando podem - o patrulhamento da cidade. Não se pode exigir de uma polícia sucateada, desprestigiada, desprezada pelas autoridades governamentais.

Sabemos que segurança pública é dever e obrigação do Estado, entretanto, vale salientar que, o chefe do Poder Executivo tem sim a obrigação para com seus munícipes, zelar pelo bem-estar e segurança das pessoas e, para isso, necessário se faz que o prefeito Jarbas Omena encontre formas de combater e frear essa famigerada violência que assusta e põe em risco a vida dos messienses.

É importante que a sociedade civil organizada, os poderes constituídos e a própria população, encare com seriedade esse problema crônico que amedronta e põe sob um estado de medo permanente os habitantes dessa cidade.

Não se faz segurança pública com discursos, falácias ou mágicas, é preciso ações efetivas e concretas no combate a criminalidade. É preciso discutir, conversar, analisar, trocar ideias para que se possa encontrar meios para dar um basta na violência que não para de crescer e assustar a população de Messias. Afinal, a sociedade pede socorro!