INCOMODO: De acordo com o dicionário é algo que gera, entre outras coisas inquietação. E como tem gente inquieta no mundo internético arapiraquense.

Será que temos motivos verdadeiros para tal inquietação? Será que realmente cabe a massa que está frente ao computador se incomodar tanto? Tem respaldo esses homens e mulheres que por vezes são chamados de acomodados da era digital? São questionamentos que surgem diariamente pela “patrulha da mordaça”, ou seja, aqueles que têm por função vasculhar as redes sociais mundo a fora a fim de blindar chefes, lideres, papais e mamães do poder.

A informação que muitas vezes é compartilhada na net se mostra muito mais potente, pois vem recheada de comentários pessoais, experiências sentidas na pele, tem aterradora capacidade de ser entendida de maneira simples e direta. Os incomodados são muitos, sim são milhares que todo dia sentem um fervor imenso frente aos absurdos cometidos pelos irresponsáveis tutores do poder, tutores esses que se mostram acima da lei, acima da legitimidade do processo que os colocou em tais cargos. O que imagino é, porque não se calam tais vozes (nesse caso dedos). A internet, e as redes sociais são vanguardas nesses momentos, é o escape, desempenha um papel que muitas vezes a imprensa falada escrita não possa ou não querem perder umas poucas benesses dos poderes instituídos. Somos milhares de incomodados, com a falta de médicos e hospitais, pelo desemprego, pelo clientelismo, pelo autoritarismo, pela subserviência, pela manipulação e intimidação dos veículos informativos, pela capacidade imensa do cinismo político de homens e mulheres nada compromissados com o povo.

A dissonância clama por espaços em nossa cidade, os inquietos já não suportam mais, a quem diga que os incomodados que se mudem, eu vou além, os que incomodam é que tomem tino, pois são esses a minoria, são esses que não honram com suas responsabilidades, são esses que se regozijam com o que não lhes pertence, que chafurdam na lama como se ela não fosse secar.

Incomodemos, sejamos a pedra no sapato, o calo que insiste em doer ora ser lembrado,