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Vereadores são convocados pela Polícia Federal após receberem auxílio emergencial indevidamente

Depoimento de um dos vereadores indiciados está marcado para esta quinta-feira (11)

10/11/2021 16h04 - Atualizado em 10/11/2021 20h08
Vereadores são convocados pela Polícia Federal após receberem auxílio emergencial indevidamente

A Polícia Federal (PF) convocou para depoimento nesta quinta-feira (11) dois vereadores da cidade de Porto Real do Colégio, no baixo São Francisco alagoano. Leaudo Alves Vilela, conhecido como Leaudo da Pesca (MDB), e José Ricardo de Oliveira Filho (PP) foram chamados a depor na sede da inatituição, na capital alagoana.

Leaudo e José Ricardo são acusados de receber indevidamente parcelas do auxílio emergencial fornecido pelo governo federal durante a pandemia, que se iniciou em 2020. O nome dos dois parlamentares foi descoberto após um cruzamento de dados feito pelo Trubunal de Contas da União (TCU), em que foram listados à época 47 candidatos nas eleições de 2020 com renda declarada superior a 300 mil reais, que mesmo assim solicitaram o auxílio no aplicativo da Caixa.

Por exercerem atualmente a função de vereador, a Procuradoria de Porto Real do Colégio recebeu o ofício da PF, e fez o encaminhamento à Câmara de vereadores do município para que seja feita a notificação aos parlamentares.

Há pouco mais de um ano, o TCU divulgou uma lista em que 47 candidatos a cargos públicos em Alagoas nas eleições de 2020 eram investigados pelo recebimento ilegal do auxílio emergencial do governo federal. Eles estão espalhados entre os municípios de Arapiraca, Barra de Santo Antônio, Batalha, Boca da Mata, Coruripe, Craíbas, Estrela de Alagoas, Feliz Deserto, Girau do Ponciano, Igreja Nova, Joaquim Gomes, Lagoa da Canoa, Maceió, Maravilha, Marechal Deodoro, Paripueira, Piranhas, Poço das Trincheiras, Porto Calvo, Porto Real do Colégio, São José da Tapera, São Miguel dos Milagres, São Sebastião e Tanque D’Arca.

Em todo o país, mais de 10 mil candidatos apareceram no cruzamento de informações do INSS e do Tribunal Superior Eleitoral. Todos eles estão sendo investigados pela Polícia Federal, e caso fique comprovado o desvio de recurso público, podem ser condenados civil e criminalmente, além de terem que devolver os recursos aos cofres públicos, mais pagamento de multa.

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