Pouco mais de dois meses após negar, em nota do seu departamento jurídico, qualquer relação com a Assembleia Legislativa de Alagoas, o ex-deputado estadual Jairzinho Lira (MDB) foi exonerado da própria Assembleia, na qual ocupava um cargo de assessor especial.

Além dele, sua esposa, Fabiana Apóstolo Lira, também era funcionária da Casa de Tavares Bastos, na mesma função de Jairzinho, e também foi exonerada. O ato com os desligamentos de ambos foi publicado no Diário Oficial da Assembleia na última segunda-feira (03).

Em 20 de março, em resposta a uma publicação do Portal 7 Segundos em que o seu motorista e uma sobrinha constavam na folha da Assembleia recebendo mais de 39 mil reais mensais, o ex-deputado afirmou categoricamente que não tinha relação com as contratações ou qualquer relação com a ALE.

“Me impõe o dever em informar que não tenho absolutamente nada a ver e nenhuma responsabilidade com os cargos ocupados pelas pessoas mencionadas. Esclareço também que meu mandato parlamentar foi finalizado na legislatura passada, de modo que não mais possuo qualquer vínculo com a Assembleia Legislativa de Alagoas”, dizia um trecho da nota.

Jairzinho e esposa eram comissionados da Assembleia no cargo de “assessor administrativo especial”, sigla SP 25, com remuneração aproximada de 16 mil reais mensais cada. A carga horária semanal é de 30 horas. Seu nome e o de sua cônjuge não constam no Portal da Transparência da Casa.

O ex-deputado deve disputar as eleições em Lagoa da Canoa, onde pretende se candidatar ao executivo da cidade. Pela lei, Jairzinho teria ainda mais um mês para deixar o cargo, já que para servidores públicos comissionados não ordenadores de despesa, o prazo para desincompatibilização é de 90 dias antes das eleições.