Politicando
Taxômetro do Lula dispara: já são 24 aumentos ou novos impostos em menos de dois anos
A mais recente ação veio no fim de maio de 2025, com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem apostado pesado no aumento da arrecadação. Desde o início de seu mandato, em janeiro de 2023, já foram 24 anúncios de criação ou elevação de tributos, o que equivale a uma nova medida fiscal a cada 37 dias, em média.
A mais recente ação veio no fim de maio de 2025, com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento, reacendendo o debate sobre a política fiscal do atual governo. A alta na carga tributária vem acompanhada de críticas nas redes sociais, onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido apelidado de “Taxad”.
Além de buscar o equilíbrio das contas públicas, o governo afirma que muitas das medidas têm caráter corretivo, como a taxação de grandes fortunas, apostas online e fundos exclusivos. No entanto, especialistas alertam que a elevação constante de tributos pode afugentar investimentos e agravar a insegurança jurídica no país.
Veja algumas das principais medidas adotadas pelo governo até agora:
• Volta da cobrança de PIS/Cofins sobre gasolina, etanol, diesel e biodiesel
• Criação de imposto sobre exportação de petróleo
• Tributação de apostas esportivas online (bets)
• Fim da isenção para veículos elétricos importados
• Criação do imposto sobre rendimentos no exterior (offshores)
• “Come-cotas” sobre fundos exclusivos
• Reoneração da folha de pagamento de empresas e municípios
• Retorno (e posterior revogação) do DPVAT
• Extensão da “taxa das blusinhas” para compras internacionais abaixo de US$ 50
• Criação do chamado “imposto do pecado” para produtos prejudiciais à saúde
• Anúncio do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) com teto estimado de até 28%
Além disso, o governo já estuda tributar as big techs como Google, Meta, Amazon, Apple e Netflix — uma ideia que vem sendo discutida desde 2023, mas que ainda não foi implementada.
Para João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o governo busca simplificar e tornar os tributos mais progressivos. No entanto, a elevada carga sobre o consumo permanece e continua sendo alvo de críticas.
Já o tributarista Luís Garcia afirma que os aumentos recorrentes e em caráter emergencial trazem insegurança ao mercado e afastam investidores. “O risco é cair num ciclo vicioso: mais impostos, menos investimentos, menos crescimento e arrecadação futura em queda.”
Com a arrecadação pressionada e o rombo fiscal em foco, o “taxômetro” do governo segue ativo — e o contribuinte, cada vez mais no centro da conta.
Sobre o blog
O objetivo do blog é analisar a conjuntura política na capital e no interior de Alagoas.
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