Camisa 10 na Espanha, Willian José quer voltar ao Real Madrid e levar irmão junto

Quando no início de 2014 surgiu a notícia de que Willian José deixaria o Santos para se tornar jogador do Real Madrid, muita gente foi pega de surpresa. Inclusive o próprio Willian José.
"Na primeira vez que meu empresário falou da proposta, não acreditei. Só acreditei mesmo quando cheguei no Real Madrid", brinca o atacante, em entrevista ao ESPN.com.br. "Caramba, um time desses, foi um sonho!"
A oferta, que já havia aparecido anteriormente, quando o jogador estava no Grêmio, não era para atuar no time principal do gigante espanhol, mas no Castilla, filial do Real que disputa a Série B local.
Ainda assim, não deixou de ser um privilégio. Willian José chegou até a ser relacionado cinco vezes para partidas da equipe A dos merengues - uma delas no lugar de Cristiano Ronaldo, lesionado de última hora - e entrou em campo uma vez, pela liga nacional, nos 21 minutos finais de confronto com o Celta, fora de casa. Ganhou uma medalha com os ‘galácticos', de campeão da Copa do Rei, apesar de não ter disputado nenhuma partida deste torneio.
"A estrutura não tem nem o que falar, a melhor estrutura em que joguei no Brasil foi a do São Paulo, mas o Real só o centro de treinamento tinha 11 campos, um estádio, era muito louco. Peguei amizade com Marcelo, Pepe, depois do treino a gente ia pra piscina fazer resenha.
Pepe é alagoano que nem eu, esse estilo dele é só de jogo mesmo, fora de campo é muito gente boa. Cristiano Ronaldo é muito vaidoso mesmo, mas pelo que eu vi também é muito gente boa, não é o que as pessoas pensam dele", conta.
Quando começava a se sentir em casa, porém, o alagoano de Porto Calvo foi descartado para a nova temporada pelo Real.
"Fiquei triste e ao mesmo tempo fiquei feliz também por ter feito parte da equipe principal. Não fiquei tão feliz que o Castilla caiu para a terceira divisão, que foi o motivo para eu sair. Um diretor me disse que o presidente gostava de mim, o Ancelotti - Carlo, treinador italiano -, também."
Fora dos planos no Santiago Bernabéu, Willian José estava praticamente acertado com o Palmeiras, quando uma mensagem do seu empresário o avisou que não haveria acordo entre o Deportivo Maldonado, do Uruguai, clube que detém seus direitos, e o Alviverde Paulista.
Acabou permanecendo na Espanha para ser, aos 22 anos, a estrela do Zaragoza, equipe da segunda divisão, mas de passado glorioso, com Cafu, Sávio, entre outros brasileiros de destaque em seus quadros.
"Perguntaram com qual camisa eu gostava de jogar, falei 19. ‘E se tiver a 10, vai querer jogar com a 10?', o diretor disse. Eu falei que jogava, não tinha problema nenhum: 10, 11, 9, o importante é fazer gol."
Se no Brasil não conquistou o prestígio que hoje parece ter na Europa, foi por falta de oportunidade, garante o atacante.
"No São Paulo, quando tive sequência, eu mostrei. A torcida lá pega muito no pé, deveria ter um pouco de paciência. No Grêmio, não tive chance com Luxemburgo. E no Santos, não tive muita oportunidade porque o Claudinei Oliveira não gostava de jogar com centroavante."
Willian José confia que retribuirá a confiança depositada em seu futebol no Zaragoza e acredita que um dia, quem sabe, poderá voltar ao Real Madrid.
E quando isso acontecer, ele espera ter ao seu lado o irmão Willames.
"Meu irmão é zagueiro, foi eleito o melhor zagueiro do campeonato alagoano deste ano pelo Coruripe. É do mesmo tamanho que eu, 1,86m, só que mais forte. Ele tem muito futuro ainda, até teve um empresário com quem eu falei pra trazer ele pra Espanha.
O empresário disse que estava esperando uma resposta de um time da segunda divisão. Vamos ver. Mas não espero jogar contra ele não, quero jogar a favor! Ele bate até no vento nas peladas lá em Alagoas, não gosta de perder de jeito nenhum."
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