Eduardo Baptista não resistiu à pressão e não é mais técnico do Fluminense. Após duas derrotas seguidas em clássicos com Flamengo e Botafogo, o técnico foi demitido do comando do Fluminense na manhã desta quinta-feira, pelo vice de futebol Mário Bittencourt, ainda em Vitória. Após a partida contra o Alvinegro, em que uma garrafa de água foi atirada em sua direção, Baptista já havia se separado da delegação e seguido para Paulínia, em São Paulo, onde vive sua família. 

Ainda no vestiário houve uma reunião entre o treinador, dirigentes e o elenco. Alguns jogadores ficaram com a impressão de que o tom do discurso do técnico foi de despedida. Na entrevista coletiva, no entanto, o comandante tricolor preferiu palavras de mais otimismo, pensando no futuro.

- Olhei nos olhos dos jogadores. Estavam todos abatidos, mas de cabeça em pé. Estamos tristes, mas juntos para resolver essa situação e classificar. Aí o Carioca começa.

A pressão pela saída dele vinha de todos os lados. Além da torcida, a Flusócio, um dos principais grupos políticos do clube e que ajudou a eleger Peter Siemsen, divulgou texto pedindo imediata mudança de treinador: "Continuar com essa comissão técnica é machucar ainda mais a torcida, que não merece uma campanha de apenas 7 pontos ganhos em 6 jogos do ridículo campeonato estadual da FERJ. O argumento de não ter comissão técnica mais expressiva por questão de custos se esvaiu por completo, pois no início deste ano a diretoria gastou os tubos em contratações. É hora de mudanças profundas. Chega de inoperância. Estamos envergonhados".

Aos 43 anos, Eduardo Baptista fez sua estreia pelo Fluminense na derrota por 3x1 para a Ponte Preta, pela 27ª rodada do Brasileiro 2015. Ele comandou a equipe em 26 jogos, com oito vitórias, cinco empates e 13 derrotas.

O Flu, quarto colocado do Grupo A do Carioca, só volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Friburguense, no estádio Eduardo Guinle.