Alagoas

Operação Rodoleiro: Empresário e filho de diretor do TC são presos

 Operação apreendeu 102 cavalos e 50 pássaros

20/10/2011 13h01

A Polícia Federal, junto com a Receita Federal e a Força Nacional, realizou na manhã desta quinta-feira (20), entrevista coletiva, no qual foram divulgados dados sobre a operação Rodoleiro, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje, a qual investiga fraudes na restituição de imposto de renda de servidores públicos e o desvio de recursos da folha de pagamentos do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE- AL).

De acordo com o delegado da polícia federal, Antônio Miguel, estão sendo investigados investidores da Academia Top – onde a polícia apreendeu documentos e um cofre - e do Haras - onde foram apreendido 102 cavalos e 50 pássaros. O delegado ressaltou que nenhum conselheiro do Tribunal de Contas está sendo investigado.

De acordo com o Superintendente da PF em Alagoas, delegado Amaro Vieira, a polícia federal ainda não sabe se existe dinheiro no cofre apreendido durante a operação. Em relação, a solicitação de suspensão do alvará de funcionamento da academia, o superintendente disse que  isso não compete a PF.

Os nomes das pessoas presas não foram revelados durante a coletiva, mas o Portal 7 Segundos apurou que se tratam de Dêvis Portela de Melo, Robson Barbosa – filho do diretor financeiro do TC  José Barbosa- e Sérgio Timóteo Gomes de Barros, gerente da academia Top.

Operação

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas.

No decorrer das buscas foram encontrados animais silvestres (pássaros) em cativeiro, originando sua apreensão e encaminhamento ao IBAMA.

As buscas abrangem residências e estabelecimentos comerciais nas cidades de Maceió, Barra de Santo Antônio e Atalaia, no Estado de Alagoas, e contou com a participação de 29 servidores da Receita Federal e 80 da Polícia Federal.

Durante as investigações verificou-se a existência de fraudes nas restituições de imposto de renda de servidores do Tribunal de Contas de Alagoas, mediante a elevação indevida do imposto de renda retido na fonte – IRRF.

As investigações também apontam para o desvio de recursos públicos da folha de pagamentos do Tribunal de Contas de Alagoas. Nos últimos dois anos as despesas com pessoal foram superiores aos valores informados à Receita Federal em mais de R$ 30 milhões.

A operação foi batizada de “Rodoleiro” por existir a suspeita de lavagem de dinheiro por parte do grupo investigado utilizando a criação de cavalos deraça. Rodoleiro é o nome de um tipo de carrapato que ataca principalmente os cavalos.