Sucesso de transplante a que empresário de Arapiraca foi submetido é tema de reportagem no Fantástico
José Hipólito é o primeiro caso de sucesso no Brasil de duplo transplante de pulmão
                            A história de superação do empresário José Hipólito da Costa, proprietário da distribuidora Asa Branca em Arapiraca, foi retratada em reportagem do programa Fantástico, na noite de domingo (11) na emissora Globo. Ele foi o primeiro paciente brasileiro a ser submetido a um transplante duplo de pulmão no Brasil com sucesso. 
Segundo a reportagem, o transplante de pulmão em si não é novidade, tanto que no Brasil o tempo de espera dos pacientes que precisam passar por esse procedimento é de 18 meses. O pioneirismo está no transplante duplo - em que os dois pulmões do paciente são substituídos por outros dois de doadores - e a sua utilização em pacientes com sequelas graves de Covid-19, que é considerado quase experimental. 
Nos Estados Unidos, 21 transplantes do tipo já foram realizados, parte deles executada por uma equipe comandada pelo médico brasileiro Tiago Machuca, no hospital da Universidade da Florida. Dezoito desses pacientes já receberam alta e três estão se recuperando no hospital.
No Brasil, apenas dois procedimentos do tipo foram realizados até o momento, ambos no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O primeiro paciente a passar pelo transplante duplo não resistiu a uma infecção que surgiu após a cirurgia, mas no último dia 05 de julho, a saída de Hipólito, aplaudido pelos funcionários do hospital, marcou o primeiro transplante duplo bem sucedido no país.
A reportagem do Fantástico falou com os filhos e a esposa do empresário, que relataram as dificuldades durante os nove meses de internação e os 88 dias em que ele passou em ECMO, terapia que utiliza equipamento que substitui os pulmões do paciente. Além de ser o primeiro transplantado duplo do país, Hipólito também foi um dos pacientes brasileiros que mais passou tempo em ECMO.
Segundo os filhos do empresário, por várias vezes os médicos tentaram retirar a ECMO, mas sem sucesso, até que foram esgotadas todas as possibilidades de o pulmão se recuperar. A única possibilidade, então, era o transplante. Mas como há uma fila de espera para esse procedimento, o hospital precisou acionar a Câmara Técnica de Transplantes, que autorizou que José Hipólito passasse na frente de outros pacientes. O requisito foi justamente o longo período em ECMO.
O transplante levou cerca de 12 horas e aconteceu no mês de fevereiro. Ainda assim, o pós-operatório foi cheio de altos e baixos, mas culminou na alta hospitalar, ocorrida uma semana atrás, após exatos 257 dias de internação. 
Segundo a família, Hipólito continua em processo de reabilitação e deve permanecer ainda uma temporada em São Paulo antes de voltar para Arapiraca.
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