Desinformação gera baixa adesão à vacinação contra o HPV em Arapiraca
Vírus é o causador do câncer do colo do útero, quarta maior causa de morte entre mulheres no Brasil
O terceiro tipo de câncer mais frequente entre as brasileiras é o de Colo do Útero, segundo dados do Atlas de Mortalidade por Câncer, disponibilizado pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
O Brasil registrou 6.596 vítimas fatais em 2019 pela doença, que na maioria das vezes pode ser evitada com exame de rastreamento e vacinação.
Apesar do imunizante prevenir doenças como câncer do colo do útero, de pênis, de ânus, de uretra e de garganta e condiloma estar disponível desde 2014 nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o país, através do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), a desinformação tem prejudicado à adesão à campanha, que está abaixo dos 80% recomendados pelo Ministério da Saúde.
Como o público-alvo da campanha são as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, muitos pais acreditam que vacinar crianças contra uma infecção sexualmente transmissível fará com que iniciem a vida sexual precocemente.
Os dados mostram que 13% dos brasileiros deixaram de se vacinar ou de vacinar uma criança sob seus cuidados. São quase 21 milhões de pessoas no Brasil.
Em Arapiraca, Capital do Agreste alagoano e uma das maiores referências em saúde pública de Alagoas, a adesão também preocupa, mesmo o município tendo cobertura de quase 100% do Programa de Saúde da Família (PSF).
De acordo com o DataSus, Arapiraca possui 10.896 meninas de 9 a 14 anos, e 7.498 meninos de 11 a 14 anos. Ou seja, são 18.400 crianças e adolescentes aptos a receberem o imunizante.
Levando em consideração que a vacina do HPV é aplicada em duas doses, para atingir 100% da cobertura vacinal, Arapiraca precisaria aplicar 36.800 doses.
Para ajudar à campanha deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde, através das Coordenações de Saúde da Mulher, de Saúde da Criança e da Rede Cegonha, colocou a imunização contra o HPV na programação da Semana Mamãe e Bebê, que este ano debate gravidez na adolescência.
A iniciativa leva às Escolas Públicas Municipais as equipes de vacinação de cada Unidade Básica de Saúde.
É importante destacar que as escolas ficam responsáveis de realizar a ponte com a comunidade com o objetivo de solicitar a autorização dos pais ou responsáveis para aplicação das doses da vacina.
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