Arapiraca

Mesmo sem casos suspeitos de varíola dos macacos, Saúde de Arapiraca orienta prevenção

Secretaria de Saúde confirma que não há nenhum caso suspeito ou confirmado da doença em Arapíraca

Por 7Segundos com Ascom Prefeitura de Arapiraca 03/08/2022 12h12
Mesmo sem casos suspeitos de varíola dos macacos, Saúde de Arapiraca orienta prevenção
Varíola dos macacos - Foto: Reprodução

Mesmo com a confirmação de que não existe, até o momento, nenhum caso suspeito ou confirmado de varíola dos macacos em Arapiraca, a Secretaria Municipal de Saúde orienta a população sobre medidas preeventivas para evitar a propagação da doença. 

A Secretaria de Saúde listou oito medidas que podem ser adotadas para diminuir os riscos de infecção e transmissão.

De acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde, o país está atualmente com 1.603 diagnósticos da doença. O primeiro deles foi registrado no começo de junho.

Ainda não há previsão de vacinação em massa contra a doença em nenhum país no mundo, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é improvável que a medida seja necessária para combater o surto. Provavelmente, apenas grupos prioritários receberão o imunizante.

É importante destacar que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Arapiraca (Cievs) tem acompanhado a evolução dos casos no Brasil.

Confira as dicas de prevenção:

1. Ficar atento aos sintomas e buscar atendimento médico:


O primeiro passo é ficar atento aos sinais típicos da varíola dos macacos. Segundo a OMS, a infecção é geralmente dividida em duas etapas:

Período de invasão – de 0 a 5 dias: caracterizado por por febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e falta de energia. O aumento das “ínguas” é uma característica que difere o monkeypox de outras doenças que podem inicialmente parecer semelhantes ao vírus, como o sarampo.
Erupção cutânea: geralmente começa dentro de 1 a 3 dias após o aparecimento da febre. As feridas tendem a ser mais concentradas na face e extremidades do que no tronco. Afetam principalmente o rosto, as palmas das mãos e plantas dos pés, as mucosas orais, o ânus e as regiões genitais.
Obs.: As feridas começam como manchas planas e avermelhadas e geralmente evoluem para bolhas mais volumosas, que depois se enchem de um líquido amarelado, formam uma “casquinha” e caem. Muito infecciosas, elas são o principal meio de transmissão da doença no surto atual.

A doença é geralmente leve e a maioria das pessoas se recupera dentro de duas a quatro semanas. Mas pacientes imunossuprimidos (pessoas com HIV, transplantados ou em tratamento de quimioterapia, por exemplo), grávidas e crianças são grupos de maior risco para desenvolver complicações.

Se você está com um ou mais desses sintomas, deve se isolar do contato físico com outras pessoas e procurar orientação médica imediatamente, para confirmar o diagnóstico da doença.

2. Evitar o contato próximo com pessoas infectadas ou com suspeita de infecção: nada de toque, beijo ou sexo:


O contato próximo (pele a pele) com pessoas infectadas é o fator de risco mais significativo para a infecção pelo monkeypox. Portanto, não toque nas lesões ou crostas de uma pessoa com a doença, nem beije, abrace ou faça sexo com ela até que as erupções tenham cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.

3. Evitar compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas


Tocar em objetos e tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) que foram usados por uma pessoa com monkeypox e que não foram desinfectados é uma potencial via de contágio do vírus. Isso porque o pus e as crostas das lesões podem estar presentes nessas superfícies.

A descontaminação de roupas ou lençóis pode ser feita por lavagem com água quente e sabão.

4. Limitar o número de parceiros sexuais:


De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos ter parceiros sexuais múltiplos ou anônimos pode aumentar o risco de exposição à varíola dos macacos. Limitar o número de parceiros sexuais pode reduzir a possibilidade de exposição.

5. Não estigmatizar a doença: qualquer pessoa pode contrair o vírus:


Qualquer pessoa, independentemente de gênero e orientação sexual, corre o risco de contrair a varíola dos macacos.

6. Usar máscaras:


Apesar de o risco de infecção do monkeypox por vias respiratórias ser considerado baixo se comparado a outras patologias, como é o caso da Covid-19, especialistas consideram que os cuidados com grupos de maior risco para o desenvolvimento da doença, como imunossuprimidos, grávidas e crianças, devem ser intensificados. E o uso de máscaras pode reduzir os riscos.

7. Cobrir braços e pernas em aglomerações:


Antes de ir a um evento, é recomendável analisar o quanto a ocasião irá envolver o contato pele a pele com as pessoas. Festivais, eventos e shows onde os participantes estão totalmente vestidos e com pouca probabilidade de ter contato pele a pele são mais seguros, orienta o CDC.

Espaços fechados, como saunas, clubes de sexo ou festas de sexo públicas e privadas, onde ocorre contato sexual íntimo, muitas vezes anônimo, com vários parceiros, podem ter maior probabilidade de espalhar a varíola dos macacos.

Por isso, usar calças e camisetas de manga longa pode ser uma forma de reduzir o risco de contágio pelo monkeypox no transporte público, dizem os especialistas.

8. Higienizar as mãos:


Intensificado por causa da pandemia de covid-19, o hábito de lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel continua sendo recomendável pelos especialistas durante o surto de monkeypox, especialmente antes de comer e tocar o rosto, e depois de usar o banheiro.

Vale ressaltar que higienizar as mãos é uma medida que também protege o indivíduo e a coletividade contra a covid-19 e outras doenças infecciosas.