Polícia

Familiares de responsáveis pelo atentado contra pré-candidata afirmam que vingança por morte do pai foi a motivação do crime

Declaração foi dada ao 7segundos após reconhecimento dos corpos dos irmãos mortos pela polícia

Por 7segundos 06/08/2022 10h10
Familiares de responsáveis pelo atentado contra pré-candidata afirmam que vingança por morte do pai foi a motivação do crime
Lérida Lôbo e o marido, José Adilson. - Foto: Reprodução

Familiares dos dois irmãos envolvidos no atentado contra a pré-candidata Lérida Lobo da cidade de Paulo Jacinto afirmaram na manhã deste sábado (6) que a motivação do atentado que vitimou José Adilson, esposo de Lérida, foi motivado por vingança.

Em entrevista para o repórter Rogério Nascimento do 7segundos concedida no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, um dos familiares relatou que o incomodo com a ONG foi o fator inicial. "Um dos irmãos que acabaram morrendo durante troca de tiros com a polícia disse que o mau cheiro e o barulho causado pela ONG fez com que o pai deles fosse reclamar com Lérida sobre mau cheiro, ela não gostou, então ele ofereceu vender a casa por R$40 mil, porém ela achou caro. Então começaram as desavenças. Atiraram na casa dele e dias depois invadiram o imóvel e assassinaram ele. Foi quando os filhos ficaram revoltados e quiseram vingar a morte dele,” relatou.

O caso

Lérida Lôbo tem 49 anos, é médica veterinária e presidente da ONG Anjinhos de 4 Patinhas, que cuida de mais de 1.500 cães e gatos e possui mais de 200 mil seguidores no Instagram. O marido dela, José Adilson trabalha como ajudante na entidade.

Na tarde de quinta-feira (04), o casal estava deixando a sede da instituição, que fica na rua Santa Quitéria, no Centro de Paulo Jacinto, quando foram surpreendidos por vários disparos de arma de fogo. Eles foram socorridos para um hospital da cidade, mas José Adilson não resistiu e morreu pouco depois.A pré-candidata a deputada federal foi transferida para o Hospital Geral do Estado e foi submetida a uma cirurgia no braço. 

Boletim divulgado ainda na noite de quinta dava conta que o quadro de saúde dela era considerado estável. Testemunhas do atentado conseguiram anotar a placa do veículo utilizado pelos criminosos. O carro era alugado e com o proprietário do estabelecimento conseguiram o endereço da pessoa que fez a locação do veículo.

O locatário disse ter emprestado o carro para um conhecido que disse que iria "resolver problemas pessoais". Ele foi detido e repassou a localização dos três irmãos. Quando as equipes chegaram à residência, visualizaram o veículo usado no crime e, em seguida, avistaram dois homens pulando o muro para tentar fugir, enquanto o terceiro passou a atirar na direção dos policiais, que se defenderam dos disparos.

Na troca de tiros, o acusado foi baleado e socorrido para a UPA de Palmeira dos Índios. O Bope foi acionado e seguiu pela rodovia AL 115, quando encontrou outro criminoso, que também reagiu atirando contra a guarnição. Ele também foi baleado e socorrido para a UPA. Algum tempo depois ambos foram declarados mortos pela equipe médica do hospital. O outro envolvido no crime continua foragido.