Noivo de PM Cibelly não lembra de atropelamento e planejava ter filhos com ela
Vítima fala de saudade e das dificuldades da reabilitação
O policial militar Gheymison do Nascimento Porto foi ouvido pelo delegado regional de Arapiraca, Edberg Oliveira, sobre o atropelamento que vitimou a noiva dele, a PM Cibelly Barboza Soares, no dia 14 de outubro.
O soldado Porto, no entanto, não lembra como o atropelamento aconteceu. "Do acidente, eu não lembro muita coisa. Lembro que a gente estava bem feliz, pegamos nossas bicicletas e fizemos o passeio que fazíamos de vez em quando. Estávamos muito bem, muito felizes", contou.
Agora ele espera que a Justiça seja feita. "Espero que ele pague pelo que fez, porque é muito difícil perder alguém que se ama. A gente estava bem e vem alguém que tira a vaida da pessoa que você ama e que ama você. Ele ou quem quer que seja o culpado tem que pagar pelo que fez", ressaltou.
Durante os primeiros dias de internação, Porto disse ter sofrido vários "apagões" em que ficava sem entender o porquê de estar no hospital. "Ficava perguntando ao pessoal o que eu estava fazendo lá, onde estava minha mulher. As pessoas diziam que ela estava sendo cuidada em outro local. Eu ficava apagando, sem lembrar o que estava acontecendo. Depois de quatro ou cinco dias perguntei a minha mãe e ela disse que minha mulher não conseguiu sobreviver", relatou.
Porto disse ter ficado "como louco" e muito pertubado ao saber da morte de Cibelly Soares e que agora está sendo difícil lidar com a ausência dela e com o processo de reabilitação do atropelamento. Ele recebeu alta hospitalar na segunda-feira (23).
"Voltar para casa [onde morava com a noiva] foi difícil. Mas a força da minha família e dos meus amigos da polícia tem me deixado em pé. É uma graça de Deus estar vivo. Estou com dificuldade para falar, ouvir, andar, para muita coisa, mas vou ficar bem", afirmou.
Porto está lotado na Companhia Independente da Polícia Militar de Batalha e, até o acidente, prestava serviço no município de Major Izidoro. Ele e Cibelly se conheceram dentro da corporação e há dois anos moravam juntos em Arapiraca.
O casal gostava de viajar e de praticar ciclismo e outros exercícios físicos e planejava aumentar a família. "Eu era doido para ter uma filha com ela, mas ela queria primeiro se organizar, comprar casa", disse.

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