Líder comunitário tenta impedir a instalação de postes da Equatorial em Craíbas e é ameaçado de prisão
Tancredo Barbosa acionou Defensoria Pública contra decisão judicial a favor da companhia energética
 
                            O líder comunitário Tancredo Barbosa foi ameaçado de prisão por tentar impedir a instalação de postes de alta tensão da Equatorial próximo a residências e a uma escola, na zona rural de Craíbas, na tarde de quinta-feira (28).
A concessionária de energia acionou da Polícia Militar após o líder comunitário impedir o trabalho das máquinas que estavam na frente da Escola Municipal Antônio Juvino para iniciar a instalação dos postes. Uma guarnição foi até o local e explicou a Tancredo Barbosa que, como existe uma decisão judicial que garante à Equatorial a instalação da rede de alta tensão no local, ele poderia ser preso, caso insistisse em continuar tentando impedir o trabalho das máquinas.
Tancredo Barbosa se retirou do local, mas em suas redes sociais se manifestou contra a atuação da Equatorial, dizendo que escolheram fazer o serviço na quinta (28) porque sabiam que não haveria aula da escola e não encontrariam resistência da comunidade devido a proximidade do feriado religioso.
"Mentiram para enganar, não a mim, mas a população. Como é Quinta-Feira Maior, mostra que foi intencional [a ação da companhia energética]. Tá aí meus braços para me algemarem. Uma formiga não tem força alguma, mas contra o formigueiro ninguém pode", declarou.
Desde setembro de 2023, quando a Equatorial iniciou as marcações para instalar os postes de alta tensão às margens da AL 486, Tancredo Barbosa denunciava que a Equatorial estava descumprindo as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que determinam uma faixa de segurança de 20 metros de distância entre a rede de alta tensão e moradias. 
O morador da região gravou vídeos mostrando as marcações feitas pela companhia para a instalação de postes muito próximo a residências e em frente à escola pública que atende os moradores da comunidade. No início de março, ele chegou a fazer protesto solitário ao lado da escola contra a instalação da rede de alta tensão. 
Mas uma decisão da 2ª Vara Cível de Arapiraca, em uma ação movida pela Equatorial contra os residentes da comunidade, garante à companhia o diretido de dar continuidade ao processo de instalação da rede, e define pena de prisão e multa aos moradores que tentarem impedir o trabalho da empresa.
 "O mais engraçado é que, na ação, a Equatorial aparece como autora e, nós moradores aparecemos como coletividade invasora da faixa de domínio da AL 486. Deixo claro que essa rodovia foi construída em 1981 e muitas dessas casas que hoje estão a margem da pista já existiam antes dessa estrada ter sido transformada em rodovia do Estado. Nós não invadimos nada", disse o líder comunitário, que procurou a Defensoria Pública para tentar, por meios legais, reverter a decisão.
A Equatorial, por meio de nota divulgada na época, afirmou que a obra está sendo realizada dentro dos padrões técnicos e de segurança estabelecidos pela Aneel e que vão beneficiar 54 mil consumidores. A empresa justifica ainda que os postes estão sendo instalados nas laterais da rodovia estadual, área que é faixa de domínio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
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