Agreste

Fonoaudiólogos do Hospital de Emergência do Agreste ajudam na recuperação de vítimas de AVC

A fonoaudióloga Ianna Castro explica que as missões do fonoaudiólogo na assistência ao paciente acometido por AVC vão desde a colaboração na definição da forma de alimentação do paciente, até as diferentes maneiras de ajudar a recuperar a comunicação

Por 7segundos/Assessoria 12/06/2024 17h05
Fonoaudiólogos do Hospital de Emergência do Agreste ajudam na recuperação de vítimas de AVC
Lorena Souza , Larissa Oliveira e Ianna Castro: o setor de fonoaudiologia é elogiado pelos profissionais do Hospital de Emergência do Agreste - Foto: Ascom

A equipe de fonoaudiologia da Unidade de AVC do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, desempenha papel fundamental na recuperação de pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral. A atuação ocorre principalmente entre os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que ficam, geralmente, internados por longos períodos, e necessitam da assistência deste profissional para recuperar as funções relacionadas à fala e a deglutição.

A fonoaudióloga Ianna Castro explica que as missões do fonoaudiólogo na assistência ao paciente acometido por AVC vão desde a colaboração na definição da forma de alimentação do paciente, até as diferentes maneiras de ajudar a recuperar a comunicação. Por esta razão, os pacientes passam por avaliação fonoaudiológica.

“Avaliamos se o paciente tem dificuldade de deglutir, no caso, a disfagia. Observamos se a alimentação será via oral, qual a consistência, se será liquida, liquida pastosa, semi-sólida ou sólida ou se será por sonda. Alguns pacientes sofrem com afasia, que é um distúrbio da linguagem, ocasionado pela lesão cerebral produzida pelo AVC e provoca alterações na compreensão e nas expressões oral e escrita. Por isso, trabalhamos com estímulos, com imagens e figuras que fazem parte do cotidiano das pessoas em geral, como peças de casa”, afirmou Ianna Castro.

Ainda de acordo com a fonoaudióloga do HEA, o trabalho se estende a outra alteração na comunicação provocada pelo AVC. “Atuamos também para tratar casos de disartria, que é caracterizada pela fraqueza nos músculos usados para falar, fazendo com que a fala fique arrastada, lenta ou embolada, devido a dificuldade do paciente em movimentar a língua ou os demais músculos da face. Em algumas situações, a fala pode estar acelerada, balbuciada, muito baixa ou ainda sussurrada. Nestes casos, trabalhamos os músculos e a articulação com exercícios específicos”, frisou a especialista.

Sem Sequelas

A fonoaudióloga Larissa Oliveira enfatizou que a assistência prestada aos pacientes com AVC tem o propósito de assegurar que eles retornam para casa sem sequelas. “Independentemente da patologia, sendo AVC ou qualquer outro agravo que traz a pessoa nessa condição de fragilidade para um hospital, é um sentimento extremamente gratificante ter a oportunidade de colaborar para a recuperação dos pacientes. É um trabalho realizado com muito cuidado e compromisso”, expressou.

Integrante do projeto Vivência, oferecido pelo HEA, para profissionais formados que querem acompanhar a rotina da instituição, a também fonoaudióloga Lorena Souza, ressalta a excelência no acolhimento. “Está sendo uma ótima oportunidade de adquirir experiência tanto de aprender como de contribuir para a reabilitação destes pacientes”, declarou.

Para se ter ideia da importância da fonoaudiologia no serviço, ela é um pré-requisito para conseguir credenciar a Unidade de AVC. A fonoaudiologia tem um papel essencial na reabilitação de todo paciente neurológico, seja no AVC ou no trauma. É o profissional responsável por avaliações importantes que podem evitar complicações durante o período de internação do paciente. “

O trabalho em equipe com os profissionais na reabilitação, como fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, tornam os resultados eficientes neste processo de recuperação”, explicou Guacyra Almeida, coordenadora-médica da Unidade de AVC do HEA.

“É motivo de orgulho observar como este trabalho é de excelência para salvar vidas e haver um esforço para que os pacientes retornem para casa praticamente ou sem sequelas. As possibilidades da fonoaudiologia são imensas e usamos de todos os recursos profissionais para este trabalho humanizado”, explicou a também fonoaudióloga, Bárbara Albuquerque, diretora-geral do HEA.

O serviço

A Unidade AVC do Hospital de HEA é referência para os cuidados com vítimas de Acidente Vascular Cerebral isquêmico na II Macrorregião de Saúde, composta por 46 municípios do interior de Alagoas. O serviço atendeu 141 vítimas de Acidente Vascular Cerebral nos primeiros cinco meses deste ano.