Medicamentos desviados por organização criminosa custavam até 23 mil reais cada
De acordo com as investigações a organização tinha como objetivo revender as medicações para farmácias e distribuidoras
A Operação Overdose, deflagrada na manhã desta quinta-feira (01) em Maceió, prendeu oito pessoas suspeitas de furtas medicações de unidades de saúde da capital alagoana. Diversos medicamentos foram apreendidos durante a operação, dentre eles remédios de altíssimo custo. Dentre os mais caros, estava um com valor de R$22.600 reais, e outro que custa R$15.000 cada. A Farmex, Farmácia de Medicamentos Excepcionais, era um dos alvos do grupo.
De acordo com as investigações a organização tinha como objetivo revender as medicações para farmácias e distribuidoras. Boa parte desses remédios de alto custo seriam destinados para pacientes em tratamento contra o câncer. Os desvios, além de caracterizar um crime contra a saúde pública, promovia grande prejuízo para esses pacientes, que acabavam ficando sem possibilidade de realizar os tratamentos.
Segundo a investigação, que foi realizada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), da Polícia Civil, em parceria com a Polícia Militar, essa organização criminosa era composta por vários indivíduos e entre eles havia funcionários de empresas terceirizadas e que eram responsáveis pela limpeza e higienização de unidades de saúde localizadas em Maceió.
Ao todo, a operação cumpre 10 mandados de prisão e nove de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Marechal Deodoro. O número exato de medicamentos apreendidos ainda não foi revelado. O material apreendido está sendo catalogado. Outras informações devem ser passadas pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), da Polícia Civil em breve.
Investigação
As investigações da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) tiveram início no mês de março, depois de informações repassadas por fontes de inteligência. Pequenos furtos ocorriam em unidades de saúde e, ao decorrer, o líder da organização começou a cooptar funcionários terceirizados da limpeza para fazer esses furtos para ele.
De acordo com o delegado Igor Diego, há a tipificação do crime de furto qualificado pelo abuso de confiança porque as pessoas trabalhavam nas unidades; os que estavam recebendo vão responder por receptação, organizações criminosas, além do crime contra a Saúde Pública por adquirir medicamentos de pessoas sem autorização.
Não foi apurado se o controle externo hospitalar notou divergência na quantidade de medicamentos por causa dos furtos. As investigações continuam.
Veja também
Últimas notícias
Equipes alagoanas vencem Hackathon Oxetech e dividem R$ 20 mil em prêmios no Inova Penedo
Corações da Paz nas Escolas leva cidadania e prevenção à violência ao Benedito Bentes
Pescadores fisgam pintado de cerca de 50 quilos às margens de prainha no interior de SP
Três pessoas são resgatadas após se afogarem na Praia do Francês
China promete ajudar Brasil para evitar colapso na produção de carros
Últimos corpos de pessoas assassinadas em operação no Rio deixam o IML
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
