Justiça

MP encaminha à justiça pedido de prisão de militar acusado da morte de Marcelo Leite em abordagem

Promotor considerou petição de familiares de vítima, que apontaram que PM descumpriu medidas cautelares

Por 7Segundos 20/11/2023 15h03 - Atualizado em 20/11/2023 18h06
MP encaminha à justiça pedido de prisão de militar acusado da morte de Marcelo Leite em abordagem
Caso Marcelo Leite - Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (20), o Ministério Público de Alagoas exarou parecer favorável pela prisão preventiva para um dos réus no caso do empresário Marcelo Leite. A solicitação foi feita pelo advogado que representa a família da vítima. Na oportunidade, o MPE encaminhou à 5ª Vara Criminal de Arapiraca a sua posição técnica pela segregação de um dos réus, que responde pela prática dos crimes de homicídio qualificado, fraude processual e denunciação caluniosa.

O promotor Nilson Mendes de Miranda tomou como base a petição apresentada pelos advogados da família do ofendido protocolizada no último dia 13 de novembro, contendo registros fotográficos e imagens de redes sociais, que mostra um dos réus descumprindo as medidas cautelares definidas pelo Poder Judiciário, dentre elas o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de frequentar bares, shows e locais com uso de bebidas alcoólicas.


O processo segue o seu curso, cuja audiência para a oitiva das testemunhas arroladas pela defesa e interrogatórios está marcada para o dia 05 de dezembro.

O caso tramita agora de forma pública após o pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas, de forma unânime, conceder o pedido formulado em sede de mandado de segurança.

A acusação segue confiante de que os réus serão pronunciados e irão à júri popular.

A reportagem entrou em contato com a defesa do PM Jilfran Santos, que emitiu uma nota informando que o policial militar não descumpriu nenhuma medida imposta e que o pedido do ministério público é contrário à realidade dos autos. Leia a nota logo abaixo:

"O pedido do MP é contrário à realidade dos autos, o PM não descumpriu medida imposta, ele estava dentro do horário previsto como regular e num evento da igreja, comprovamos isso através de um petição que apresentamos. Esse comportamento inadequado vem se reiterando pelo ministério público desde a primeira parte da audiência de instrução. Fica claro que o que buscam não é o direto nem a justiça, querem justiçamento, ainda que custe passar por cima das regras do jogo, isto é, sem olhar para o que diz a lei e os autos. O Ministério Público possui papel de fiscal da lei e não o contrário disso. Querem a prisão dos PM’s como espécie de ilusão de justiça imediata instantânea e isso fica evidenciado numa petição de iniciativa da assistência da acusação e corroborada infelizmente pelo Promotor. Agora nos resta aguardar que o juíz observe isso e mantenha o PM em liberdade na forma já estabelecida pelo juízo", afirma a defesa de Jilfran Santos.